Plano italiano para conter saída de migrantes conta já com 14 países, revela Meloni

Plano Mattei prevê “o envolvimento direto de 14 nações africanas, mais de mil milhões de euros em recursos com que Itália já se comprometeu para projetos no continente africano e sinergia com o Global Gateway, no valor de mais de 1.200 milhões de euros”

Executive Digest com Lusa
Novembro 12, 2025
13:01

Mais de uma dezena de nações africanas já estão envolvidas no Plano Mattei para África para estimular o desenvolvimento e conter a saída de migrantes, disse hoje a primeira-ministra italiana.

O Plano Mattei prevê “o envolvimento direto de 14 nações africanas, mais de mil milhões de euros em recursos com que Itália já se comprometeu para projetos no continente africano e sinergia com o Global Gateway, no valor de mais de 1.200 milhões de euros”, disse Giorgia Meloni, numa mensagem de vídeo num evento organizado pelo Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus no Parlamento Europeu.

“Esta cooperação”, acrescentou, “está atualmente focada em quatro grandes iniciativas estratégicas: a construção do Corredor de Infraestruturas de Lobito, ligando a África Ocidental e Oriental, ligando Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia; o desenvolvimento de cadeias de produção de café em vários países africanos; a extensão à África Oriental do cabo Blue-Raman, a espinha dorsal marítima que ligará a Índia às economias europeias, passando pelo Médio Oriente e pelo Mediterrâneo; e a Inteligência Artificial”, com o Centro para o Desenvolvimento Sustentável em Roma, que envolverá centenas de ‘startups’ africanas para aplicar a tecnologia aos vários setores do plano.

“A Cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que terá lugar em Angola nas próximas semanas, será uma oportunidade para desenvolver ainda mais esta visão e sincronizar programas estratégicos entre os dois continentes”, concluiu a primeira-ministra.

Meloni afirmou ainda que a Itália continuará a ser uma ponte entre os continentes europeu e africano, até porque, defendeu, “o futuro da Europa depende de uma África mais estável, mais segura e mais próspera”.

Por outro lado, acrescentou, “o futuro da África depende de uma Europa capaz de ouvir, investir e construir em conjunto, com humildade e respeito pelos outros”.

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