Tudo parecia ir agora no bom caminho tendo em vista a adesão da Suécia à Nato, com a Turquia aberta à luz verde’ que poderia surgir já a partir de setembro, mas surgiu novo revés no processo na Hungria.
Os deputados do Fidesz, partido do primeiro-ministro Viktor Orbán, levaram a cabo um boicote na sessão parlamentar que hoje votava a ratificação da candidatura sueca à Aliança Atlântica.
Os membros do partido do poder pura e simplesmente não apareceram para a sessão. Como o Fidesz tem uma maioria de dois terços do parlamento húngaro desde as ultimas eleições, nenhuma decisão pode ser tomada sem os votos do partido.
Com mais esta manobra de atraso, ficam novamente a pairar as dúvidas sobre a rapidez do processo de validação da candidatura da Suécia à Nato.
Fontes do Partido adiantam ao ABC que a decisão terá sido motivada pelas recentes queimas do Corão que aconteceram em Estocolmo sem que as autoridades travassem o ato, por considerarem que se trata de o direito à liberdade de expressão.
Para o partido, o episódio “acrescenta combustível a um processo já de si envenenado”.
A televisão sueca SVT tinha já dado conta, no sábado, dos planos para um possível boicote, mas que só aconteceria a partir de setembro, com a retoma dos trabalhos parlamentares.
As declarações de Orbán em Viena, na cimeira da imigração, deixaram antever que o seu Governo apoiaria a ratificação da candidatura sueca, mas depois o líder húngaro acabou por ressalvar que qualquer atraso que se pudesse produzir seria responsabilidade do parlamento do país.














