Reabilitação Urbana: Um motor para o património e a habitação acessível

Por João Carvalho, CEO da MELOM e QMACO

O património edificado das cidades é um reflexo da sua história e identidade. No entanto, muitas destas estruturas encontram-se degradadas ou subaproveitadas, comprometendo o seu valor cultural e o potencial económico que poderiam representar. A reabilitação urbana surge, assim, como um elemento fundamental para revitalizar estas áreas, aumentar a oferta de habitação e promover um crescimento sustentável.

Nos últimos anos, Portugal tem assistido a um crescente investimento na requalificação de edifícios históricos e em zonas urbanas que se encontravam em declínio. Esta tendência não só preserva a autenticidade das cidades, como também contribui para aumentar a disponibilidade de habitação para os portugueses. A combinação entre património e políticas de reabilitação bem estruturadas pode ajudar a resolver o défice habitacional e a garantir condições de vida dignas para a população.

A modernização das infraestruturas respeitando os elementos arquitetónicos originais é um dos grandes desafios da reabilitação urbana. Projetos bem executados conseguem aliar conforto e funcionalidade à preservação histórica, tornando as cidades mais atrativas para residentes. A requalificação de edifícios devolutos pode representar uma solução fundamental para aumentar o parque habitacional e responder à crescente procura de habitação a preços acessíveis.

Outro aspeto essencial da reabilitação urbana é a sustentabilidade. A reutilização de edifícios reduz a necessidade de novas construções, minimizando o impacto ambiental e preservando recursos. Além disso, a introdução de soluções energéticas eficientes nos imóveis reabilitados contribui para um futuro mais ecológico e responsável.

Na MELOM, acreditamos que a reabilitação urbana é uma ferramenta poderosa para valorizar o património e aumentar a oferta de habitação para os portugueses. Investir na recuperação de espaços urbanos não é apenas um ato de conservação histórica, mas também uma estratégia para garantir a dinamização económica e a qualidade de vida das comunidades. Ao olhar para o futuro, importa continuar a apostar em soluções inovadoras que respeitem o passado, mas que estejam alinhadas com as necessidades do presente e do futuro.