O efeito “Trump” e a resposta da Europa e Portugal

Por Ricardo Florêncio

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos da América em Novembro de 2024, tomou posse a 20 de Janeiro de 2025 e, desde aí, o Mundo mudou. E agora? E agora é a altura para a Europa “acordar” da sonolência em que viveu nas últimas décadas. Mais do que criticar, maldizer, reclamar (ainda que podendo haver algumas razões para isso), o que interessa mesmo é perceber de que forma é que a Europa, e nomeadamente Portugal, podem responder a este novo Mundo, a este desafio, e passar à acção. Mais uma vez, o tema não é novo. Já tinham ocorridos vários alertas, sendo que o Relatório Draghi, apresentado em Setembro do ano passado, foi claro sobre os equívocos e os atrasos que a Europa tinha face aos outros blocos. E o que aconteceu desde aí? Mais uma vez muitas reuniões, muitas conversas, mas, na verdade, pouca acção. Mas olhemos para a frente. E sim, é altura de articularmos uma posição europeia, um plano que englobe todos, mas que se implemente sem mais demoras. Vai ser fácil? Não, não vai, pois a Europa não está propriamente num momento de grande sintonia. E Portugal? Pois Portugal tem de ver em que temas, em que áreas, se pode destacar, dar o seu contributo, e ser mesmo uma alavanca para esse plano. E com quatro temas onde deve incidir a sua especial atenção: transformação, inovação, competitividade e industrialização.

Editorial publicado na revista Executive Digest nº 227 de Fevereiro de 2025