Basta querermos!

Por Ricardo Florêncio

Já foram utilizados todos os adjectivos conhecidos para classificar os tempos em que temos vivido. Mas, a verdade é que todos os dias somos confrontados com novos desafios, novas situações, novas realidades, o que nos leva a um desassossego permanente. As guerras e as suas diversas implicações; as eleições americanas e as interrogações que daí decorrem, não só ao nível da geopolítica, mas também no mundo económico e financeiro; a instabilidade política que se vive em alguns países europeus, alguns deles verdadeiros motores da economia europeia, e o que daí nos pode afectar…

Por outro lado, há que analisar o relatório Draghi que veio expor de modo claro as fragilidades da Europa, tudo o que a Europa não fez e deveria ter feito nos últimos anos, assim como as suas consequências e aquilo que deverá fazer depressa. Tudo isto são pontos determinantes e que merecem uma reflexão e um debate aprofundado.

Mas há outros temas que cabem a nós, e só a nós, aos decisores, aos gestores, levar para a frente, discutir, decidir e agir. Continuamos a ser um País de excelentes oportunidades, que tem características únicas e um elevado potencial. Quais as razões, então, para nas últimas décadas termos crescido tão pouco? Quais os motivos por termos um baixo grau de investimentos?

Estes são outros temas que também merecem reflexão. Mas mais, muito mais importante do que estarmos a apontar o dedo e enumerar responsáveis destas situações, o que interessa para o País e para os portugueses é como podemos avançar? Como podemos crescer mais, e depressa? Como podemos melhorar Portugal?

E é agora que devemos actuar.

Queremos um País que cresça mais, e mais depressa, que seja mais competitivo, com maiores índices de produtividade, com maior criação de riqueza, pois só assim poderemos ter um futuro melhor.

Basta querermos!

Editorial publicado na revista Executive Digest nº 224 de Novembro de 2024

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