A Reforma do Estado e da Administração Pública
Por Ricardo Florêncio
E no espaço de três anos, tivemos três eleições Legislativas. Esperemos agora que não sejamos chamados tão rapidamente a nova ida às urnas (excluindo aqui que vamos ter as Autárquicas e as Presidenciais no espaço de sete meses). Pois, como já referi anteriormente, Portugal precisa de muita coisa. Precisa de decisões, de acções, de executar os planos e projectos previstos. O que Portugal não precisa, mesmo, é de mais umas eleições Legislativas”. E nesta nova legislatura, nesta nomenclatura de Governo, uma surpresa. Não, porque só agora se chegou à conclusão que era necessário (já há mesmo muito tempo que se fala neste tema), mas porque finalmente se retirou um “elefante da sala”. Falo do Ministério da Reforma do Estado. Há quantos anos se fala da necessidade de levar a cabo uma reforma do Estado? Anos? Décadas? Mas, desta vez, temos um ministro que se vai ocupar directamente deste tema. E há muito que fazer. Desburocratizar, simplificar, acabar com as sobreposições de responsabilidades que muitas instituições têm sobre um determinado assunto, diminuir de forma acentuada os prazos demasiado prolongados que temos ao nível de aprovações, e muito mais. Simplificando e agilizando, teremos um Estado mais eficiente, mais rápido (sem deixar de desempenhar o seu papel de fiscalização) e que só trará benefícios para todos. Para o País, para a Economia, para as empresas, inclusive para o próprio Estado e para todos os seus colaboradores e profissionais e, no final, para todos nós. Faço votos que tenha os maiores sucessos, pois do seu sucesso também vai resultar o nosso.
Editorial publicado na revista Executive Digest nº 231 de Junho de 2025