As novas políticas e incentivos para jovens até aos 35 anos em Portugal: Uma oportunidade para o futuro
Por Beatriz Rubio, Co-fundadora da MaxFinance Portugal
O acesso à habitação em Portugal tem sido um dos maiores desafios para os jovens. Os altos preços e as exigências de crédito limitam as opções de quem procura a sua primeira casa. No entanto, as novas medidas de 2024 trouxeram um conjunto de incentivos que podem mudar o rumo desta situação, abrindo novas oportunidades para jovens até aos 35 anos que procuram estabilidade financeira e concretizar o sonho de ter casa própria.
Um dos incentivos mais relevantes é a isenção do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto de Selo para imóveis até 316.272 euros. Esta medida representa uma poupança significativa e um alívio para quem deseja comprar casa, especialmente em zonas urbanas como Lisboa e Porto, onde os preços continuam a subir. Esta isenção do IMT pode traduzir-se numa economia de milhares de euros, facilitando o acesso à habitação.
Além disso, o governo criou uma garantia pública – que deverá ser aplicada na sua plenitude até ao final do ano – que cobre até 15% do valor do imóvel em transações até 450 mil euros. Esta medida permite que os jovens obtenham financiamento de 100% do valor da casa, eliminando a necessidade de poupanças substanciais para a entrada inicial. Trata-se de um apoio crucial numa fase em que muitos jovens ainda estão a construir as suas carreiras e não dispõem de grandes poupanças.
Outro ponto importante é o alargamento do programa Porta 65 Jovem, que flexibiliza o acesso a subsídios de arrendamento. Este apoio é essencial para quem, por enquanto, prefere arrendar em vez de comprar, garantindo opções de habitação mais acessíveis e estáveis.
Estas políticas não só aliviam as pressões financeiras, como também promovem uma maior igualdade de oportunidades e incentivam a independência dos jovens. No entanto, é essencial que os beneficiários destas medidas estejam bem informados sobre como aceder aos apoios e tomem decisões financeiras responsáveis.
Se bem aplicadas, estas políticas poderão representar um ponto de viragem para os jovens em Portugal, permitindo-lhes entrar no mercado imobiliário e alcançar a estabilidade financeira a longo prazo. Para muitos, este é o momento ideal para agir, aproveitar os incentivos disponíveis e planear um futuro mais seguro.