Ameaças à cibersegurança em 2025: como podem as organizações proteger-se

Por Samuel Cruz, Diretor de Sistemas de Informação da Wondercom

O ano de 2025 traz consigo avanços tecnológicos impressionantes, mas também novas ameaças à cibersegurança que desafiam as organizações a repensar e a reforçar as suas defesas. O aumento da digitalização e a ascensão da inteligência artificial (IA) permitem explorar vulnerabilidades com táticas cada vez mais sofisticadas.

Os ataques baseados em inteligência artificial estão a tornar-se mais comuns, permitindo que os cibercriminosos utilizem campanhas de phishing automatizadas, deepfakes cada vez mais reais e convincentes e malware adaptativo para comprometer sistemas. Além disso, os modelos “Ransomware-as-a-Service” tornaram-se ainda mais acessíveis, permitindo que qualquer pessoa sem conhecimento técnico execute ataques potencialmente devastadores. O aumento dos dispositivos IoT multiplica a superfície de ataque das organizações, com cada vez mais devices expostos e frequentemente com dispositivos mal configurados ou desatualizados tornam-se alvos fáceis para ataques em larga escala.

Os ataques à cadeia de fornecimento continuam a crescer, com hackers a comprometer fornecedores de software e hardware para atingir múltiplas organizações de uma só vez. Paralelamente, a engenharia social avançada beneficia da combinação de IA e dados perdidos, permitindo ataques cada vez mais personalizados. Os funcionários podem ser manipulados de forma mais eficaz, aumentando o risco de acessos não autorizados a sistemas críticos.

Para enfrentar estas ameaças, as organizações devem adotar uma abordagem proativa e holística para a cibersegurança. É essencial investir em ferramentas de segurança baseadas em IA para identificar padrões suspeitos e prevenir ataques antes que ocorram. A autenticação multifator deve ser obrigatória, e políticas de acesso zero trusts devem ser implementados para minimizar o risco. É fundamental manter sistemas, softwares e dispositivos IoT sempre atualizados para evitar exploits, e as organizações terão de continuar a investir na educação e conscientização dos funcionários sobre boas práticas de segurança uma vez que é a única forma de reduzir o impacto da engenharia social e ataques de phishing. Além disso, a existência de um plano bem estruturado para resposta a incidentes, aliado a backups regulares e isolados da rede, pode minimizar danos em caso de ataques como ransomware.

O cenário da cibersegurança está em constante evolução, e 2025 não será exceção. Organizações que adotarem uma abordagem estratégica, combinando tecnologia avançada com boas práticas de segurança, estarão mais preparadas para enfrentar os desafios e proteger os seus ativos digitais. A cibersegurança deixou de ser apenas uma prioridade de TI; agora, é um pilar essencial para a sustentabilidade e competitividade das organizações.