A reabilitação urbana e dinâmica na gestão de matérias primas

Por Catarina Crespo, Direção de Marketing da MELOM e QMACO

A reabilitação urbana tem vindo a ganhar destaque como uma solução sustentável para revitalizar cidades, recuperar património edificado e aumentar a oferta de habitação. No entanto, um dos maiores desafios deste processo é a gestão eficiente das matérias-primas utilizadas na construção e renovação de edifícios. A adoção de práticas inovadoras na utilização de recursos pode fazer a diferença na redução do impacto ambiental e na otimização dos custos de requalificação.

Atualmente, a escassez e o aumento dos preços das matérias-primas exigem uma abordagem mais estratégica na sua utilização. A reabilitação de edifícios permite a reutilização de materiais existentes, como madeira, pedra e ferro, reduzindo a necessidade de extração de novos recursos. Além disso, a incorporação de materiais reciclados e sustentáveis, como betão reciclado ou isolamentos à base de fibras naturais, pode tornar os projetos mais eficientes e ecológicos.

Outro ponto essencial é a logística na gestão de resíduos de construção. A demolição seletiva, que permite separar e reaproveitar materiais, é uma prática cada vez mais comum e alinhada com os princípios da economia circular. Ao invés de simplesmente descartar os resíduos, a sua reutilização em novos projetos contribui para um ciclo de construção mais responsável e sustentável.

A inovação na gestão de matérias-primas não beneficia apenas o ambiente, mas também a economia do setor da construção. O reaproveitamento de materiais e a redução do desperdício podem baixar os custos das obras, tornando a reabilitação urbana uma alternativa mais viável e acessível. Além disso, políticas públicas que incentivam a reutilização de recursos e a certificação de materiais sustentáveis impulsionam ainda mais esta transformação no setor.

Na MELOM, acreditamos que a reabilitação urbana deve estar intrinsecamente ligada a uma gestão eficiente de matérias-primas. Ao apostar em soluções mais sustentáveis, não só valorizamos o património das cidades, como também promovemos um setor da construção mais inovador e consciente. O futuro passa por encontrar um equilíbrio entre a preservação da identidade urbana e a adoção de práticas que garantam um impacto ambiental reduzido, com um uso mais eficiente dos recursos disponíveis.