Onde é que os portugueses procuram casa para arrendar? Não, não é em Lisboa nem no Porto. É para aqui que todos querem ir

No segundo trimestre de 2025, Lisboa e Porto ficaram fora da lista dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa em Portugal, de acordo com dados divulgados pelo idealista/data.

André Manuel Mendes
Julho 30, 2025
9:29

No segundo trimestre de 2025, Lisboa e Porto ficaram fora da lista dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa em Portugal, de acordo com dados divulgados pelo idealista/data.

Apesar de serem os dois maiores centros urbanos do país e concentrarem a maior oferta de imóveis para arrendamento — quase 15 mil em Lisboa e cerca de 10 mil no Porto —, a pressão da procura nestes mercados está mais dispersa, o que os coloca nas 65.ª e 81.ª posições, respetivamente.

A preferência dos portugueses continua a recair sobre os concelhos periféricos às grandes cidades, onde as rendas são mais acessíveis. Barreiro, Vila Franca de Xira e Amadora lideram o ranking da procura, com valores medianos de renda até 1.200 euros mensais — bastante abaixo dos 1.751 euros de Lisboa e dos 1.216 euros do Porto.

À semelhança da capital, também a área metropolitana do Porto revela um padrão de procura semelhante. Municípios como Paredes (968€/mês), Penafiel (760€/mês), Gondomar (1.005€/mês), Maia (1.012€/mês) e Valongo (1.026€/mês) destacam-se entre os mais procurados, beneficiando de preços mais competitivos face ao centro da cidade.

No total, a Grande Lisboa conta com 15 municípios no top 50 da procura por arrendamento, o que confirma a tendência de fuga para a periferia. A nível nacional, os preços das rendas entre os municípios mais procurados variam significativamente — de 582 euros na Covilhã (29.º lugar) até 1.778 euros em Palmela (47.º).

Segundo o idealista/data, o mercado de arrendamento tem vindo a abrandar desde o início do ano, reflexo da maior atratividade da compra de casa, impulsionada por juros mais baixos e novos apoios dirigidos sobretudo aos jovens. O estudo destaca ainda que a maioria dos 50 municípios analisados apresenta rendas superiores a 1.000 euros, mas 21 concelhos ainda oferecem preços abaixo deste patamar, sendo cinco deles inferiores a 750 euros mensais: Covilhã, Bragança, Chaves, Castelo Branco e Figueira da Foz.

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