Os terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, já estão em obras para dar corpo ao ambicioso projeto imobiliário que vai ocupar um terreno com mais de 42 mil metros quadrados situado entre a Avenida da República e a Avenida 5 de Outubro. Há uma área, de mais de 15 mil metros quadrados, reservada para dois grandes espaços verdes.
A Câmara Municipal de Lisboa vendeu, em 2018, os terrenos à Fidelidade Properties, em hasta pública, assim como uma parcela na Avenida Álvaro Pais, por cerca de 274 milhões de euros. Os dois lotes e uma parcela de terreno que acolheram a antiga Feira Popular de Lisboa foram vendidos por 238,5 milhões de euros. Até 2026, Lisboa vai ver erguer-se uma nova referência no horizonte, garantiu esta terça-feira o jornal ‘Público’.
Nos terrenos vão nascer edifícios de habitação com renda acessível, a serem construídos pela Câmara Municipal de Lisboa, e um edifício com 18 andares – é expectável que venha a acolher cerca de 15 mil postos de trabalho e 900 habitações, 279 das quais para venda livre e as restantes em renda acessível.
O grupo Fidelidade vai ficar com a fatia de leão dos antigos terrenos da Feira Popular: o lote B2, cujas obras já arrancaram, é composto por três edifícios destinados a habitação, com 279 fogos para venda a preços de mercado, e por comércio no nível térreo. O mais alto, com 18 pisos, com frente sobre a Avenida da República, é da autoria do arquiteto Eduardo Souto Moura. Álvaro Siza Vieira vai ser o responsável por outros dois prédios com 10 pisos sobre a Avenida 5 de Outubro e a Avenida das Forças Armadas. A coordenação de ambos os projetos residenciais é da responsabilidade da arquiteta Ana Costa.
