O segredo Shein: Como consegue uma marca receitas de mais de 40 mil milhões de euros com peças de 3 euros?

À medida que a gigante chinesa da fast fashion Shein se prepara para uma possível listagem de mais de 55 mil milhões de euros na Bolsa de Valores de Londres, a concorrência e os consumidores perguntam-se como cresceu tanto a empresa.

Executive Digest
Maio 26, 2024
12:00

À medida que a gigante chinesa da fast fashion Shein se prepara para uma possível listagem de mais de 55 mil milhões de euros na Bolsa de Valores de Londres, a concorrência e os consumidores perguntam-se como cresceu tanto a empresa.

A Shein, que mudou sua sede para Singapura, está entre as empresas de moda mais lucrativas do mundo, com vendas de mais de 40 mil milhões de euros no ano passado. A empresa enfrenta controvérsias sobre o uso de algodão da região de Xinjiang, na China, e sobre a sua forma de contornar as taxas nos EUA. No entanto, a também é reconhecida como um gigante no setor de moda, rivalizando com marcas consolidadas como H&M e Zara, conta o ‘Tis is Money’.

Conhecida pela sua agressiva expansão e modelo de moda ultra-rápida, é vista como uma potencial listagem recorde na Bolsa de Valores de Londres. A empresa tem sido alvo de críticas devido a preocupações com a sua sustentabilidade e práticas comerciais, o que levanta questões sobre o impacto ambiental e ético das suas operações.

A Shein, que não vende produtos na China, deve o seu sucesso a uma mistura de geografia e ao uso de algoritmos para indicar interesses e preferências dos clientes.

A empresa pode produzir novos itens rapidamente graças à concentração de fabricantes. Estas cadeias de abastecimento permitem que a Shein encomende imediatamente mais unidades se uma peça de roupa começar a ser vendida, em vez de fazer encomendas antecipadas de grandes quantidades na esperança de haver procura.

Para a empresa, isto limita o desperdício, já que a incineração de roupas não vendidas é uma prática comum no setor.

A retalhista contava com influenciadores das redes sociais, no entanto, agora consegue captar a atenção dos clientes de forma mais direta com marketing direcionado, graças aos seus sistemas de TI.

No entanto, questões sobre como e porquê de qualquer peça de roupa poder ser fabricada e vendida com lucro por 3,12 euros, por mais eficiente que seja o processo, continuarão a circular em torno da Shein após a sua oferta pública, seja em Nova Iorque ou Londres.

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