O golpe que chocou o mundo dos negócios: Esta é a história por trás do sequestro do fundador da Heineken

Na década de 1980, a Heineken era uma das cervejas mais populares em todo o mundo, mas também era uma verdadeira instituição na Holanda. Com mais de um século de existência, a empresa passou por uma série de expansões, fusões e estratégias inovadoras de marketing e negócios, transformando-se numa das mais importantes empresas do país, tanto pela imagem que projetava quanto pelo impacto económico e social que gerava.

Executive Digest
Maio 19, 2024
12:00

Na década de 1980, a Heineken era uma das cervejas mais populares em todo o mundo, mas também era uma verdadeira instituição na Holanda. Com mais de um século de existência, a empresa passou por uma série de expansões, fusões e estratégias inovadoras de marketing e negócios, transformando-se numa das mais importantes empresas do país, tanto pela imagem que projetava quanto pelo impacto económico e social que gerava.

Nesse contexto, a família Heineken, que ainda mantinha o controlo da empresa, alcançou um status milionário. No auge da década de 80, o patriarca da empresa, Alfred Heineken, também conhecido como Freddy, acumulava uma fortuna equivalente a centenas de milhões de euros nos dias de hoje, conta o ‘elEconomista’.

E foi aí que ocorreu um dos eventos mais notórios e perturbadores do mundo empresarial: o sequestro de Freddy Heineken. Em 9 de novembro de 1983, às 18h56, numa área nobre de Amsterdão, em frente ao escritório da empresa, um grupo de cinco homens encapuzados atacou Heineken com uma arma apontada, levando também o seu motorista, Ab Doderer, que tentou intervir.

O sequestro não foi um ato impulsivo. Durante dois anos, os sequestradores estudaram meticulosamente os passos do empresário, monitorizando a sua residência, escritório e rotina diária.

Após serem levados para uma fábrica na zona portuária de Amsterdão, Heineken e o seu motorista foram mantidos em cativeiro em celas improvisadas, enquanto os sequestradores continuavam com as suas atividades normais.

Inicialmente planeado para durar 48 horas, o sequestro estendeu-se por 21 dias devido às negociações e à complexidade das operações. As exigências dos sequestradores eram claras: um resgate equivalente a cerca de 30 milhões de dólares na época, o mais alto já pago na Europa.

Apesar da resistência inicial de Heineken em pagar o resgate, a família acabou por ceder às exigências dos sequestradores. O dinheiro foi entregue seguindo as instruções, mas os sequestradores fugiram sem libertar as vítimas.

Após intensa busca da polícia, os sequestradores foram capturados, embora grande parte do resgate nunca tenha sido recuperado. Após a sua libertação da prisão nos anos 90, muitos deles tornaram-se figuras proeminentes na máfia holandesa, alimentando especulações sobre o destino do dinheiro do resgate.

Alfred Heineken faleceu em 2002, deixando para trás um legado de sucesso empresarial e uma história de coragem.

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