Trump, Xi Jinping

Xi Jinping convida Trump a visitar China em conversa telefónica para abordar guerra comercial

Por Francisco Laranjeira

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, mantiveram uma conversa telefónica esta quinta-feira devido à guerra comercial liderada pela Casa Branca, que tem na China um dos seus principais adversários. Segundo a agência de notícias estatal chinesa ‘Xinhua’, o contacto ocorreu a pedido do presidente dos EUA.

Donald Trump viria a revelar que o seu homólogo chinês o convidou para visitar o país asiático e que ele respondeu convidando-o para viajar aos EUA durante a conversa, que a revista ‘New Yorker’ descreveu como “muito positiva”.

“Não deve mais haver dúvidas sobre a complexidade dos produtos de terras raras. As nossas respetivas equipas vão reunir-se em breve num local a ser definido”, escreveu Donald Trump, na rede ‘Truth Social’.

A conversa, cujos detalhes ainda não foram divulgados, marca o primeiro contacto entre os dois líderes desde o acordo firmado entre as duas nações, há apenas algumas semanas, para suspender as tarifas mútuas por 90 dias. Nos últimos dias, Pequim acusou Washington de não cumprir o acordo, implementando medidas de “repressão extrema”, como controlos sobre exportações de chips e o cancelamento de vistos para estudantes chineses.

Esta quarta-feira, Donald Trump postou uma breve mensagem em sua plataforma Truth Social, explicando que “gosto do presidente Xi, sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é uma pessoa muito dura e difícil de se chegar a um acordo”.

Após a conversa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês publicou um apelo, nas redes sociais, para que os EUA mantivessem um “princípio de mercado de concorrência justa”.

“Apelamos aos EUA para que defendam o princípio de mercado de concorrência justa, parem de politizar questões comerciais e forneçam um ambiente justo, imparcial e não discriminatório para empresas chinesas e estrangeiras. A China fará o que for necessário para defender os direitos e interesses legítimos e legais das empresas chinesas”, pode ler-se no comunicado.