Vénus atinge brilho máximo no Dia dos Namorados. ‘Planeta do amor’ só voltará a ser visto assim no próximo ano

Na noite de 14 de fevereiro, Dia dos Namorados, Vénus, o chamado “planeta do amor”, estará no seu esplendor máximo, atingindo o auge do brilho no céu noturno. Nomeado em homenagem à deusa romana do amor e da beleza, o planeta irá destacar-se como a estrela mais brilhante da noite, proporcionando um espetáculo celeste singular.

Atualmente visível logo após o pôr do sol, Vénus assume plenamente o seu epíteto de “estrela da tarde”. Embora seja sempre o planeta mais luminoso do céu noturno, ultrapassando em brilho todos os outros astros exceto o Sol e a Lua, nesta altura do ano atinge um brilho ainda mais intenso, chegando à magnitude de -4,9.

De acordo com o site especializado EarthSky, Vénus não voltará a ser tão brilhante no céu da tarde até setembro de 2026, tornando este fenómeno particularmente especial.

O planeta atingiu o ponto mais alto no céu da tarde a 10 de janeiro e continuará a descer progressivamente até mergulhar no brilho do Sol a 22 de março. O seu brilho máximo situa-se precisamente a meio deste período, tornando a observação na noite do Dia dos Namorados uma oportunidade única.

Um fenómeno explicado pelas fases de Vénus
A intensidade luminosa de Vénus deve-se à sua posição no Sistema Solar e ao modo como reflete a luz solar. Sendo o segundo planeta a contar do Sol, a sua órbita é interior à da Terra, o que significa que, visto do nosso planeta, Vénus passa por fases semelhantes às da Lua.

Neste momento, à medida que se aproxima da Terra, Vénus apresenta-se na forma de uma fina crescente. Apesar de estar iluminado em apenas 27% da sua superfície no dia 14 de fevereiro, a sua proximidade com a Terra faz com que seja o momento de maior brilho do ano. Esta fase torna-se ainda mais evidente nas semanas seguintes: a 1 de março, o planeta estará iluminado em apenas 14%.

Para quem quiser observar Vénus em detalhe, esta é a melhor altura para utilizar um telescópio ou binóculos de qualidade, pois a sua forma crescente será claramente visível.

Além da proximidade com a Terra, outro fator que contribui para a impressionante luminosidade de Vénus é o seu tamanho — apenas algumas centenas de quilómetros menor do que a Terra — e a sua atmosfera altamente refletora. As espessas camadas de nuvens que cobrem o planeta são compostas principalmente por dióxido de enxofre e ácido sulfúrico, refletindo a luz solar com grande eficiência.

Após o brilho máximo no Dia dos Namorados, Vénus começará a perder intensidade à medida que continua a aproximar-se do Sol e a sua fase se torna cada vez mais fina. Durante o mês de março, será cada vez mais difícil observá-lo ao anoitecer, e, por volta do final do mês, desaparecerá temporariamente no brilho solar.

No entanto, Vénus voltará a ser visível em abril, mas desta vez no céu da madrugada. A 27 de abril, o planeta atingirá o seu maior brilho no céu da manhã, oferecendo uma nova oportunidade para os amantes da astronomia apreciarem a sua beleza.

Para já, os astrónomos e entusiastas do céu noturno podem desfrutar do espetáculo celeste oferecido por Vénus neste Dia dos Namorados, um evento que não voltará a repetir-se com esta intensidade até 2026.