União Europeia atrai Estados Unidos para cooperação que enfrente a China

A relação entre a União Europeia e os Estados Unidos da América (EUA) não tem sido pacífica nos últimos tempos, mas agora que Donald Trump está cada vez mais próximo de deixar a Casa Branca, a comunidade do Velho Continente parece interessada em recuperar laços antigos. Um documento a que o Financial Times teve acesso dá conta dos planos no sentido de revitalizar a parceria transatlântica e de combater um inimigo comum: a China.

A nova aliança é descrita pela UE como uma oportunidade única, que aparece a cada geração, e que poderá ajudar a deixar para trás todas as tensões provocadas pela administração de Trump e, em simultâneo, salvar as duas potências da ameaça que a China representa. A aliança deverá ser abrangente, envolvendo a regulação digital, por exemplo, mas também a resposta à pandemia de covid-19 ou a desflorestação.

O mesmo documento indica que a parceria entre UE e EUA precisa de “manutenção e renovação”, se o mundo democrático quiser estar alinhado contra “os poderes autoritários” e “economias fechadas que exploram a abertura de que as nossas sociedades dependem”.

O Financial Times indica que o documento deverá ser apresentado aos líderes dos Estados-membros na reunião marcada para 10 e 11 de dezembro, data em que será pedido o seu apoio. Caso a estratégia receba luz verde, deverá ser marcada uma cimeira para a primeira metade de 2021 para lançar a nova agenda transatlântica.

“Usando a nossa influência combinada, um espaço tecnológico transatlântico deve formar a espinha dorsal de uma coligação mais ampla de democracias com o mesmo pensamento”, lê-se no documento. Isto significa que, embora aponte primeiro aos EUA, a UE estará interessada em atrair outros parceiros.






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