Ucrânia: Putin quer reforçar Forças Armadas com mais 137 mil soldados

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto (em russo) que visa aumentar em 10% o número de efetivos nas Forças Armadas da Rússia, com um acréscimo de mais 137 mil militares.

Atualmente, o país conta com pouco mais de um milhão de soldados e cerca de 900 mil civis ao serviço das suas Forças Armadas. A medida é aprovada numa altura em que Moscovo está a procurar reforçar o seu poder militar, presumivelmente para compensar as perdas sofridas nos teatros de guerra na Ucrânia.

O decreto presidencial de Putin, que deverá entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2023, indica que “o tamanho numérico das Forças Armadas da Federação Russa deverá ser estabelecidos nos 2.039.758”, dos quais 1.150.628 deverão ser militares. Anteriormente, o número de pessoal militar era de 1.013.628.

Várias notícias têm revelado que o governo russo tem procurado recrutar combatentes nas prisões e empresas públicas na Rússia, com recurso a ofertas de amnistia e de salários acima da média nacional.

Estimativas de fontes ocidentais apontam que a Rússia terá perdido já entre 70 mil e 80 mil soldados, por ferimento ou morte, desde que arrancou a guerra com a Ucrânia no dia 24 de fevereiro passado, relata a ‘BBC’.

O ministério da Defesa do Reino Unido já tinha informado que, apesar de o Kremlin estar a formar batalhões de voluntários, “níveis muito limitados de entusiasmo popular pelo voluntarismo para combater na Ucrânia” faria com que a Rússia tivesse dificuldade em suprir as perdas sofridas nos seis meses de guerra.

Contudo, os números de perdas de militares russos não são consensuais. Estimativas oficiais das Forças Armadas da Ucrânia indicam que a Rússia terá perdido 45.850 militares desde o início da guerra.

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