Trump tem debatido com a sua equipa uma “invasão suave” do México para lidar com cartéis de droga

Donald Trump e a equipa de transição têm alegadamente debatido “quanto” devem invadir o México quando o recém-eleito presidente americano assumir o cargo, a 20 de janeiro próximo: em causa, de acordo com a publicação ‘Rolling Stone’, está uma “invasão suave” do país, conversas que têm acontecido depois de o republicano ter prometido “travar guerra” contra os cartéis de drogas no México, tanto no seu primeiro mandato na Casa Branca como na mais recente campanha eleitoral.

“Quanto devemos invadir o México?”, explicou um membro sénior da equipa de transição de Trump à publicação. “Essa é a questão.” De acordo com outra fonte próxima do presidente eleito, essa “invasão” envolveria forças especiais para assassinar os líderes dos cartéis – de acordo com a ‘Rolling Stone’, Trump propôs um plano semelhante em discussões privadas no início deste ano.

De acordo com três fontes familiarizadas com essas conversas, Trump terá dito que os EUA têm “assassinos mais durões do que eles” e pensava num plano semelhante ao executado com o líder do ISIS, Abu Bakr al-Baghdadi, em 2019: a mobilização seria secreta e não dependeria do consentimento do Governo mexicano.

Em 2019, Trump sugeriu enviar tropas ao México para “ajudar na limpeza” dos cartéis de drogas. “Se o México precisar ou solicitar ajuda para limpar esses monstros, os Estados Unidos estão prontos, dispostos e capazes de se envolver e fazer o trabalho de forma rápida e eficaz”, apontou. “O grande novo presidente do México fez disso uma grande questão, mas os cartéis tornaram-se tão grandes e poderosos que às vezes é preciso um exército para derrotar um exército!”

Mike Waltz, que vai tornar-se conselheiro de segurança nacional de Trump, disse no ano passado que os EUA precisam abordar os cartéis de drogas como organizações terroristas. “Precisamos começar a pensar nesses grupos mais como o ISIS do que como a máfia”, salientou, ao jornal ‘POLITICO’.