Tropas exaustas e sem recursos: Chefe das secretas militares da Ucrânia diz que ofensiva russa está a perder força

Esta quarta-feira, o responsável da agência de Informações de Defesa, Kyrylo Budanov, defendeu que a máquina de guerra da Rússia está a perder força, devido à fadiga física e à desmoralização das suas tropas e à falta de recursos.

“A Rússia reduziu seriamente o ritmo do seu assalto”, explica Budanov, citado pela ‘Reuters’, e aponta que “a razão é a exaustão da sua base de recursos, bem como a fadiga moral e física” dos seus soldados.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu já tinha reconhecido que o Kremlin decidiu reduzir a intensidade da sua campanha na Ucrânia, uma opção estratégica que a cúpula russa justificou com a necessidade de diminuir o número de baixas civis.

Nas primeiras semanas da invasão do país vizinho, as forças de Moscovo conseguiram capturar e controlar vários territórios no sul da Ucrânia, mas acabaram for ser expulsos da capital Kiev, tendo feito incidir o foco das operações nas terras a leste.

Em julho, a Rússia reivindicou a região de Luhansk, depois de vários combates ferozes entre os invasores e os ucranianos. Contudo, desde então não tem sido capaz de reclamar o controlo de mais nenhuma grande localidade.

Sobre a península da Crimeia, subtraída à Ucrânia pela Rússia em 2014, Budanov comenta que os sistemas de defesa anti-aérea russos “não funcionam propriamente”, acrescentando que as forças de Moscovo “não são capazes de defender território capturado à Ucrânia”.

De recordar que ainda esta terça-feira, o Presidente Volodymyr Zelensky, na sessão de abertura de segunda reunião da Plataforma da Crimeia, que teve lugar em Kiev, prometeu, que quando a Ucrânia se juntar à União Europeia, a península atualmente sob o controlo da Rússia irá com o resto do país, depois de ter garantido que a bandeira ucraniana voltará a flutuar nas cidades e aldeias que hoje estão sob ocupação russa.

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