Trabalhadores tecnológicos da Nike estão insatisfeitos. Queixam-se de trabalhar horas a mais e de instabilidade

A conhecida marca norte-americana de calçado está a procurar fortalecer-se no mundo digital, com aumento dos investimentos em estratégias de venda e marketing online. Mas os profissionais da tecnologia dizem estar sob grande pressão.

Um inquérito respondido por cerca de 300 dos quase 2.400 trabalhadores da divisão tecnológica da Nike, a que o ‘Business Insider’ teve acesso, mostra que esses profissionais estão descontentes com a empresa, com um nível de satisfação mais de 10 pontos percentuais abaixo do dos restantes funcionários de outras áreas que responderam ao inquérito.

Os trabalhadores tecnológicos queixam-se de trabalhar horas a mais e de as camadas de gestão não estarem cientes de que estão a esgotar os seus recursos humanos, arriscando situações de ‘burnout’ e podendo levá-los a procurar outros empregos.

Cerca de 33% desses profissionais avaliaram negativamente a confiança que têm na administração da empresa, o que denota uma queda de 21% face ao que haviam respondido no inquérito do ano passado.

Os trabalhadores tecnológicos também se queixam de a Nike estar em permanente reorganização, à medida que a empresa procura fortalecer as suas vendas diretas e através de canais digitais. O relatório de resultados financeiros do trimestre terminado a 28 de fevereiro mostrava que as vendas online tinham crescido 22% face ao período anterior, alimentando, dessa forma, o volume de vendas diretas ao cliente, com a Nike a garantir que continuaria a apostar no digital.

No entanto, os trabalhadores da divisão tecnológica da marca apontam que alguns colegas ficaram sem responsabilidades claras e sem títulos profissionais, à medida que a Nike abre novos centros tecnológicos em Atlanta e São Francisco, nos Estados Unidos, e que preenche os escritórios da Polónia e na Índia com profissionais das TI. Alguns desses profissionais falam de “reorganizações sem fim”.

De acordo com o mesmo órgão de comunicação social, o CEO John Donahoe reconheceu em abril que a Nike enfrentava problemas de fadiga e produtividade da sua força laboral, mas assegurava acreditar que a empresas estava a fazer progressos para resolver a situação.

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