The Surge: Mobilização internacional une movimentos contra o fascismo, genocídio, guerra e crise climática
Mais de 60 ativistas por toda a Europa anunciaram “The Surge”, uma mobilização internacional marcada para os dias 18 e 19 de janeiro de 2025 que combina os esforços antifascistas com os movimentos pela libertação da Palestina e pela justiça climática. Já estão confirmadas marchas em cinco países – Portugal, Espanha, França, Bélgica e Luxemburgo – e novos protestos estão a ser organizados noutros locais.
Em Portugal, já estão confirmadas ações para Braga, Coimbra, Lisboa e Porto, sendo que se esperam mobilizações em mais cidades, que podem juntar-se entrando em contacto através do instagram do The Surge Portugal.
Em Lisboa, a marcha terá início às 15 horas do dia 18 de janeiro, na Praça José Fontana, e seguirá até ao Martim Moniz.
A convocatória, assinada por ativistas de mais de dez países e de movimentos diferentes, denuncia a agenda das elites como “violenta e autoritária sem restrições”, levando “ao colapso dos sistemas que sustentam a vida na Terra há milénios”. Em resposta, diferentes ativistas de vários movimentos estão a mobilizar-se coletivamente começando com marchas coordenadas em várias cidades europeias no mesmo fim de semana.
A organização destaca que a eleição de Donald Trump como presidente do maior produtor de combustíveis fósseis do mundo evidencia a ligação entre estas crises: a ascensão de políticas de extrema-direita, a crise climática e a escalada de conflitos em todo o mundo estão profundamente interligadas. O manifesto “The Surge” afirma:
“O fascismo não pode ser travado sem acabar com as guerras. O fascismo não pode ser combatido sem desmantelarmos a indústria fóssil que alimenta o caos climático. O caos climático não pode ser travado num contexto de fascismo e guerras. E as guerras não podem ser evitadas sem travarmos o crescimento do fascismo e pormos fim ao caos climático, que criam as condições perfeitas para novos conflitos.”
The Surge apela ao púbico para reconhecer estes problemas como diferentes facetas da mesma crise global. Confrontadas com as políticas de elite que empurram a humanidade para o limiar da sobrevivência, propõem uma resposta unida e coletiva, e convidam indivíduos e organizações a juntarem-se ao protesto, nas suas cidades e países, nos dias 18 e 19 de janeiro.