“Temos de ser eficazes para ser legítimos”: nove Estados-membros da UE querem terminar com vetos nas decisões da política externa

Nova Estados-membros da União Europeia querem terminar com o fim da unanimidade na decisões de política externa: esta segunda-feira, realizaram um pequeno-almoço informal para lançar a iniciativa que pretende acabar com os vetos que têm colocado em causa a adoção de sanções contra a Rússia.

O grupo é formado pela Bélgica, Finlândia, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Eslovénia, Espanha e Alemanha, que defendem a melhoria da tomada de decisões e a adaptação da UE ao papel de ator global no cenário internacional.

“Temos de ser eficazes para ser legítimos”, defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, que defendeu ser necessário “explorar todas as possibilidades” para evitar que um Estado-membro bloqueie a tomada de decisões a nível europeu.

A ministra alemã dos Negócios Estranfeiros, Annalena Baerbock, promotora da iniciativa que pretende promover uma mudança no sistema de votação para uma maioria qualificada, salientou que a UE deixou claro, no contexto do conflito na Ucrânia, que quando toma decisões “de forma rápida, eficaz e conjunta”, pode ter um papel de relevo. “Vimos no passado que quando é necessária a unanimidade e esta não é encontrada não avançamos como um ator político global”, referiu.

O alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu também o fim da unanimidade. “Sempre pedi uma votação por maioria qualificada porque somos muito lentos na tomada de decisões”, defendeu.




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