Tecnológicas avaliadas em biliões são imunes à covid-19? Esta semana vamos a contas
A gigantes Amazon, Apple e Microsoft mantiveram as suas avaliações de 13 dígitos, enquanto a Alphabet recuou, dando sinais das preocupações com a tecnologia suportada por anúncios
No final das negociações de sexta-feira, a Microsoft era a empresa norte-americana mais valiosa com 1,33 mil milhões de dólares, a Apple ficou em segundo lugar com 1,24 mil milhões de dólares e a Amazon.com ficou por muito pouco atrás com 1,2 mil milhões de dólares. Já a Alphabet, que valia caiu abaixo dos 900 milhões.
Na semana mais movimentada de uma temporada de relatórios de resultados financeiros, estas apresentações ganham uma importância acima da habitual, devido ao impacto do coronavírus que se espalhou pelo mundo e que ainda assim não impediu que as gigantes da tecnologia conseguissem destacar.
As subidas foram, na Apple, de 2,88% , Amazon.com (0,44%) e Microsoft (1,82%) mantendo assim a sua quarta vírgula, sendo que todas todas foram avaliados em mais de 1,2 mil milhões no final das negociações de sexta-feira passada, enquanto a Alphabet subiu 0,23% e a Google 0,42%.
Expetavelmente, a pandemia significou um forte impacto nos lucros das empresas, sendo que o seu sofrimento não fica por aqui. Os 122 membros do S&P 500 que já anunciaram os números do primeiro trimestre viram os lucros cair 22,7% no total.
A estimativa combinada do FactSet – que combina resultados já relatados e estimativas para o resto – aponta apenas uma melhoria ligeira, numa queda de 16% quando todos os resultados estiverem disponíveis.
Enquanto 65% das empresas que reportaram até quarta-feira superaram as expectativas, o analista do JP Morgan, Mislav Matejka, disse que será “batida” a menor percentagem dos últimos 10 anos, pelo menos. Normalmente, 75% das empresas oferecem resultados melhores do que o esperado.
A “carnificina” do primeiro trimestre poderá ser apenas uma pequena amostra do que está por vir, já que muitas empresas apontaram fortes períodos de janeiro e fevereiro antes dos efeitos devastadores da pandemia, a partir de março.
Os analistas estão a ajustar para uma queda de lucro ainda mais acentuada, de 32%, no segundo trimestre, quando as empresas sentirão três meses completos de impacto no coronavírus.