Tecnológica norte-americana abre ‘hub’ em Lisboa e espera contratar até 100 qualificados nos próximos anos

A tecnológica norte-americana Iterable anunciou hoje a expansão para Lisboa, onde vai ter um ‘hub’ com engenheiros e desenvolvimento de produto, estimando criar pelo menos 100 empregos altamente qualificados nos próximos anos.

A Interable, plataforma de comunicação com o cliente assente em inteligência artificial (IA), conta atualmente com 600 pessoas.

O presidente executivo (CEO) da tecnológica, Andrew Boni, contou à Lusa que fundou a empresa há mais de 11 anos, em São Francisco, e a ideia do negócio surgiu quando ainda trabalhava na Google.

“Somos cerca de 600 pessoas no total”, atualmente, e “temos escritórios em São Francisco, Nova Iorque, Denver, Colorado, Londres, Sidney e, obviamente agora também em Lisboa, o que nos deixa muito entusiasmados”, salientou.

Tecnicamente, este é “o nosso terceiro escritório internacional, mas o primeiro fora dos Estados Unidos com engenherios e pessoal de produto”, acrescentou Boni.

Os escritórios de Londres e Sidney “são mais voltados para vendas e suporte e, portanto, não há engenheiros” em nenhuma destas unidades.

Andrew Boni conta que no ano passado estiveram numa missão para encontrar o novo ‘hub’ internacional e analisaram uma “pequena lista de 10 cidades”, ficando duas nas ‘shortlist’: Dublin e Lisboa.

“Para mim foi óbvio – claro que Dublin é uma cidade fantástica -, mas a energia de Lisboa é díficil de medir de forma tangível”, além do “entusiasmo e do crescimento”, foram pontos importantes, a que se junta a “proximidade com talentos, universidades maravilhosas e também a proximidade com nossos clientes na região”.

“Este será um centro onde contratamos os melhores engenheiros e que enviam produtos para nós”, afirmou, por sua vez, o executivo para a área de engenharia (SVP of engineering), Samya DasSarma.

“A minha intenção é enviar produtos e funcionalidades chave para fora de Lisboa e não apenas ser uma extensão dos Estados Unidos”, reforçou, salientando que esta “é a única forma de conseguir que os melhores engenheiros do mundo” venham trabalhar para a empresa.

Sobre a concorrência no talento, os dois responsáveis adiantaram que esta é uma tendência em todos os mercados.

Quanto ao número de pessoas a contratar, Samya DasSarma adiantou que, atualmente, contam com oito pessoas em Lisboa. “Claro, estamos a abrir. Em Londres estabilizámos há dois anos, é um pouco mais maduro e o escritório tem perto de 100 pessoas”, disse.

“Temos de ver as coisas no mercado português, mas estou cheio de esperança que se as coisas concorrem bem possamos fazer isso, chegar ao tamanho de 100 pessoas”, previu.

O CEO da Interable adiantou ainda que, no primeiro ano, a tecnológica poderá crescer até “25/30/40 pessoas”.

Questionado sobre o investimento no novo ‘hub’ de Lisboa, Andrew Boni disse que é difícil de dizer, pois depende do número de pessoas contratadas e de vários outros fatores.

Samya DasSarma salientou que se no primeiro ano forem contratados cerca de 25 pessoas, tal corresponderá entre 15% a 20% do número total de engenheiros contratados pela tecnológica.

De acordo com a tecnológica, a expansão para Portugal foi possível com a parceria estratégica da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Atualmente, a Iterable está a fazer recrutamento de engenheiros (iterable.com/careers).

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