
Taxa de desemprego diminui em agosto, situando-se nos 6,2%
A Randstad publicou, esta sexta-feira, uma análise aos dados estatísticos do INE (Instituto Nacional de Estatística) e do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) relativos ao mês de agosto.
“Esta análise referente a agosto diz-nos que, apesar de as estimativas do INE mostrarem um decréscimo mensal do desemprego, os dados registados pelo IEFP mostram uma situação diferente”, alertou Isabel Roseiro, diretora de marketing da Ranstad Portugal.
“O INE utiliza o Inquérito ao Emprego para medir o desemprego, o que permite obter uma visão representativa da situação laboral no país, enquanto o IEFP publica dados sobre o desemprego registado nos seus centros de emprego. Sabemos que, em agosto, os setores que registaram os aumentos mais significativos do desemprego foram o setor das ‘atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ e a ‘administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social’”, apontou a responsável.
“É muito relevante conseguirmos ter uma visão mais completa do mercado através da combinação destas duas estatísticas, que nos permitem trabalhar o sentido de enfrentar os desafios do desemprego em Portugal”, comentou Isabel Roseiro.
Segundo os dados do INE, o mês de agosto registou um aumento no número de empregados (em 2.900 pessoas, ou seja, 0,1%) relativamente ao mês anterior. Já a população ativa apresentou, devido ao facto da diminuição da população desempregada ser superior ao aumento da população empregada (em termos absolutos), uma diminuição em 4.400 pessoas, isto é, -0,1%. A taxa de desemprego, face ao mês anterior, registou uma diminuição, situando-se nos 6,2%.
A análise por género mostra que no mês de agosto, 6.400 homens, isto é, -4,0%, e 800 mulheres, valor equivalente a -0,5%, deixaram de estar em situação de desemprego. Por grupos etários, os dados revelam que a diminuição do desemprego verificou-se na faixa dos adultos, dos 25 aos 74 anos, com 6.100 pessoas desempregadas a menos do que no mês anterior, sendo esta diminuição equivalente a -2,4%.
Em termos interanuais, o número de empregados registou um aumento de 64.400 profissionais, face ao mesmo mês do ano passado. Também a população ativa aumentou em 76.600 pessoas e o desemprego em 12.300 pessoas relativamente a agosto de 2022.
Por seu lado, os dados do IEFP indicaram que, no mês de agosto, os pedidos de emprego cresceram em 1.692, assim como o número de desempregados registados, em 11.031 pessoas, quando comparado com o mês anterior.
Esta subida no desemprego foi maior para as mulheres, segundo a análise, em 4,8%, do que para os homens, que viram uma subida em 2,7%. Assim, comparativamente ao mês anterior, foi registado um aumento no desemprego em quase todas as regiões do país, sobretudo na Região Norte, com uma subida de 4,7%.