SUVs serão fundamentais para as marcas conquistarem os mais jovens


Em tempos idos, um dos maiores desejos dos adolescentes era ter um automóvel, sinal de emancipação e um dos pontos de maior importância do denominado ‘sonho americano’ das décadas de 1950 e 1960. Desde então, o cenário alterou-se profundamente, com os construtores automóveis a enfrentarem atualmente um grande desafio em virtude do crescente desinteresse dos jovens adultos nos automóveis.
As razões apontadas por este aparente desinteresse abarcam justificações tão diversas como a preocupação ambiental acrescida dos mais jovens (levando-os a preferir meios ecológicos como a bicicleta) e o redirecionamento do seu foco de atenção para outras áreas paralelas como a informática ou a conectividade proporcionada pelos novos smartphones, colocando dessa forma os automóveis num lugar muito remoto na sua lista de prioridades.
Para tentar subverter essa tendência, os fabricantes de automóveis orientam as suas apostas para os SUVs ou crossovers, com desenhos dinâmicos e funcionalidades que procuram atrair os jovens condutores da geração ‘milenial’.
Assim, características como desenho, preço, tecnologias de segurança e de conectividade, aliado a maior eficiência e credenciais mais ecológicas tornam-se mais determinantes, num misto de atributos com que as marcas têm de jogar de forma a conseguirem não só ‘chamar’ as novas gerações, mas também os clientes de gerações anteriores.
O mesmo foi referido numa análise efetuada pela empresa Frost & Sullivan, que efetuou um estudo sobre o mercado global dos SUV compactos, através do qual chegou à conclusão de que entre 2012 e 2014 o mercado daquele tipo de automóveis cresceu 40%, com um total de vendas no ano passado de 3.2 milhões de 62 modelos de várias marcas. No entanto, é de esperar que esse valor continue a crescer e atinja, em 2022, impressionantes 7.4 milhões de unidades num mercado cada vez mais povoado por modelos do tipo SUV.
Os mercados que mais deverão crescer serão os da Ásia, entre 2015 e 2017, e o da Europa, nos anos subsequentes.