SUPRA GT4 Evo, Yaris GR Rally2 e Hilux T1+Evo: Toyota apresenta a sua estratégia desportiva para 2025… e nós estivemos lá

A Toyota tornou-se uma das maiores e mais conhecidas empresas automóveis do mundo, com maior notoriedade.

A Toyota Gazoo Racing (1) é hoje a marca de alta performance da Toyota criada com objetivo de fazer “carros cada vez melhores” que garantam emoções fortes para quem os conduz.

Esse entusiasmo que a marca coloca em cada automóvel, e o sucesso que tem tido junto de todas as gerações e de todos os públicos (desde os mais novos até aos seniores), mostram que a estratégia da marca tem sido a mais correta, permitindo captar novos públicos, para uma marca que se tem inventado e posicionado para chegar a todos os consumidores.

Por isso, nada melhor que aproveitar um fim-de-semana onde decorriam os calendários das competições nacionais e internacionais onde a marca se encontra bem representada  – e no lote das favoritas aos primeiros lugares – para convidar a imprensa nacional a assistir, mas também para conhecer a sua estratégia desportiva para 2025 com o projeto de competição GT4, a sua participação no todo-o-terreno com a Toyota Hilux T1+ Evo e a apresentação do novo Yaris GR Rally2, um hot hatchback concebido a pensar nos ralis, com uma diferença face à concorrência; um motor de três cilindros turbo com 1.6 l e 300 cavalos.

Vamos por isso dividir a apresentação nos seus três momentos.

  1. Toyota SUPRA GT4 Evo

Sabemos que a postura do da Toyota no desporto motorizado reflete a filosofia da marca nos seus veículos de estrada e, o Toyota Supra é o porta estandarte do que de melhor a marca faz. Equipado com motor de seis cilindros turbo capaz de debitar 430 cavalos enquadra-se aqui na categoria GT4. Na filosofia Kaizen de melhoria contínua, este novo Supra apresenta evoluções como um sistema de travagem melhorado, definições de ABS atualizadas, amortecedores KW.

    • Explicação aos jornalistas
      • Potencial técnico e tecnológico deste produto de seis cilindros , 3.0l de cilindrada, mais de 320cv na versão de estrada e 430cv na versão de pista (depende do BOP – Balance of performance), que tem competido nas pistas nacionais com resultados que o colocam no topo do campeonato.
    • Versão de estrada
      • Na experiência proporcionada em pista aos jornalistas, deu para compreender a suavidade, conforto, estabilidade, comportamento, numa pista tão exigente com a do Autódromo Internacional do Algarve (4.653km, 15 curvas, sendo a grande maioria “cega”) com travagens fortes e mudanças de direção potentes.
      • Andar ao lado do piloto e vê-lo levar a máquina ao limite e, ao mesmo tempo,  explicar-nos como tirar melhor partido do carro, é uma experiência fantástica, pois cada momento é de aprendizagem.
    • Versão de competição
      • Este modelo tem uma experiência bastante diferente. Com maior carga aerodinâmica, mais cv, é bastante mais impetuoso, chega muito rapidamente a cada curva, com um poder de travagem sublime, mas sobretudo com uma estabilidade “sobre carris”.
      • O poder de travagem – mesmo à chuva –  assume proporções importantes, a par com as afinações da suspensão e o comportamento (também aqui conta o piloto), que proporcionaram uma experiência única, e a reter, mas demonstrativa do potencial evolutivo deste modelo na versão EVO2,  tanto mais que, numa volta, é possível retirar à viatura de série cerca de 10 segundos o que é nos leva a perguntar como é que tal é possível, sendo que também da versão GT4 para a GT3 são retirados mais 13s!!!!
  1. Yaris GR Rally2

A Toyota quis, em dois momentos distintos, apresentar os jornalistas duas experiências que, quanto a mim, como profissional de marketing estão extremamente bem conseguidas e, como jornalista, foram impactantes.

Passo a explicar.

Marketing: A apresentação de produto segue as boas práticas de comunicação: impactante, e com mensagens curtas, objetivas e autênticas. Quando uma marca mostra a filosofia Kaizen a funcionar onde explica que a base do trabalho para evoluir os seus carros passa por levá-los ao limite para conseguir construir melhores produtos, descobrir falhas, errar, tentar de novo, evoluir e melhorar o produto, mostrando-nos que nem sempre as primeiras abordagens foram bem sucedidas. Isto é raro na indústria automóvel:  uma marca expor estes detalhes.

Depois, em termos jornalísticos, a Toyota quer contar uma história, quer mostrar a melhor experiência do seu produto e, para isso, antes da apresentação do modelo de estrada do Yaris, levou-nos a conhecer o modelo que vai estar nas competições – a versão de Rali – e, numa manhã que vacilou entre o sol e a muita chuva, o piloto Bernardo Sousa mostrou todas as potencialidades deste automóvel, onde fica claro o que significa conduzir nos limites (muito embora, acredito que o Bernardo só deu 60% do que podia, por questões de segurança).

Depois de nos apimentar com este produto, a marca mudou-nos para o Kartódromo do Algarve (ao lado do circuito) para testar s versão de estrada. Confesso que não me foquei em nada no produto, muito embora tenha percecionado, mas simplesmente porque estava focado na experiência de condução do mesmo, em pista, tanto na versão de caixa manual como automática.

As condições climatéricas para um pseudo-piloto como eu, à chuva, com o instrutor ao lado, serviram para me fazer evoluir na pista, aprender a conduzir em circuito e saber controlar a viatura.

Torna-se curioso como, em apenas duas voltas de aprendizagem, notei evoluções (mas também confiança) dos tempos por volta e na abordagem às curvas. Senti-me mais à vontade com o modelo de caixa automática pois havia muitas variáveis, principalmente o piso molhado. Contudo, apreciei o equilíbrio do chassis e um comportamento muito eficaz, mesmo utilizando a opção Sport bastante mais …desafiante.

Nesta altura, houve também a oportunidade para testar o Supra que, no dia anterior, tinha andado em modo co-drive,  na versão de estrada no circuito e, fruto dos ensinamentos do instrutor, senti-me orgulhoso da condução que fiz, mesmo que, parte, tenha sido a deslizar com a traseira (e nalguns casos esporádicos de frente),  fruto das condições climatéricas, mas também da potência do modelo e do desconhecimento da pista e do carro. Deu sim para perceber porque é considerado uma das grandes referências

  1. Toyota Hilux T1+Evo

Dizer que a “cereja em cima do bolo” é a Toyota Hilux de todo o terreno é redutor mas foi novamente uma experiência impactante, pois demonstra a evolução que este tipo de automóveis tem no desporto automóvel e até onde é possível elevar o seu desempenho, comportamento, agilidade e níveis de potência. Ao lado do piloto, numa estrada totalmente fustigada pela chuva, foi possível testar (acredito que não nos limites do modelo nem do piloto) numa pista enlameada e sentir muita emoção e adrenalina em pista.

Esta experiência que a Toyota proporcionou para mostrar o modo como se vai posicionar em 2025 no desporto automóvel, seja em circuito, nas pistas e no todo o terreno, demonstra a evolução/investimento que as marcas têm feito no domínio da I&D para colocar na competição todo o seu know-how e experiência, que depois é transferido para  o consumidor final, com novos  produtos ,mais seguros e mais competitivos.

Por fim, uma palavra de apreço – e agradecimento – aos pilotos pelo modo como conseguem “ler” o produto que têm para exercer a sua profissão e, utilizar os seus dons :  capacidade de conduzir, de fazer evoluir o automóvel, em limites que, para mim, são inimagináveis, mas que, ao lado deles, me  senti completamente seguro e confiante.

P.s. as imagens falam por si

(1) Gazoo” significa “imagem” ou “foto” em japonês.  Originalmente, o termo foi utilizado numa plataforma online interna da Toyota onde os engenheiros compartilhavam fotos e informações sobre automóveis de corrida. Hoje, o termo foi adotado para as equipas de corrida.

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