Subscrições de certificados de aforro aumentaram 18 vezes em meio ano

A subida da Euribor a três meses fez com que os Certificados de Aforro passassem a ser um dos produtos com maior procura no mercado. Em novembro, atingiram quase o valor de 1,7 mil milhões de euros.

A subida da taxa base dos Certificados de Aforro fez disparar a subscrição deste produto de dívida pública. “Por exemplo, se em maio de 2022 as subscrições líquidas (deduzidas dos resgates) eram de 92 milhões de euros, em novembro atingiram quase o valor de 1,7 mil milhões”, exemplifica António Ribeiro, Especialista em produtos de poupança e analista financeiro.

Para além de este ser um produto atrativo devido à rápida subida de rendimentos, esta é também uma das poucas alternativas de poupança de baixo risco do mercado.

A taxa base dos Certificados de Aforro subiu para 3,088% bruta em janeiro, significando que em termos líquidos rende 2,2%, superando todos os depósitos a prazo.

“Se tem as séries antigas, por exemplo, a série A e B estão a render 3,4% líquidos (se subscreveu a série B depois de junho de 1989, rende 3,4% brutos, ou seja, 2,5% líquidos). Já a série C, que esteve em comercialização de 2008 a 2015, rende atualmente até 3,3% líquidos, consoante a data de subscrição”, explica António Ribeiro.

No entanto, qualquer uma delas é para manter, no caso de já ter, e se tiver que resgatar estes títulos, resgate primeiro os que subscreveu mais recentemente, já que a taxa de juro é menor.

Certificados de aforro registam em novembro a maior subida mensal desde 2017

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