Será mesmo desta? Obras no Aeroporto Humberto Delgado arrancam hoje com assinatura oficial do contrato

As tão aguardadas obras de melhoria no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vão finalmente avançar. O contrato que marca o início do processo será assinado esta quarta-feira, numa cerimónia que contará com a presença de membros do Governo, incluindo o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo.

O projeto, anunciado originalmente em 2019, prevê um investimento de cerca de 300 milhões de euros, a cargo da ANA – Aeroportos de Portugal. As intervenções incluem a instalação de 11 novas mangas de embarque, bem como novas saídas rápidas, que visam melhorar a eficiência operacional, reduzir atrasos e aumentar o conforto dos passageiros.

Espera-se que as máquinas entrem em ação até ao final do ano, com o objetivo de otimizar a operação do aeroporto sem avançar ainda para a expansão total da infraestrutura.

Apesar deste arranque, o aumento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, que prevê a passagem de 38 para 45 movimentos por hora, ainda depende de investimentos mais robustos e da obtenção de autorizações ambientais. Essas expansões, previstas para uma fase posterior, serão alvo de novas negociações e planeamentos.

A ANA deverá apresentar, no final do ano, as primeiras observações sobre a construção do futuro Aeroporto Luís de Camões, um projeto paralelo que continua em andamento.

Um dos pontos centrais da cerimónia desta quarta-feira poderá ser o anúncio do plano de desafetação do domínio público militar de Figo Maduro. Atualmente, o espaço e o hangar militar estão já a ser utilizados como placa de estacionamento de aeronaves.

O Ministério das Infraestruturas, em articulação com a Defesa e a Força Aérea, trabalha na procura de alternativas para os terrenos de treino do Campo de Tiro de Alcochete, sendo que várias hipóteses estão a ser analisadas.

Entretanto, foram publicados no Diário da República os termos para a criação de uma unidade de missão que terá como responsabilidade negociar com a ANA os novos termos contratuais da concessão aeroportuária após a desafetação do espaço militar de Figo Maduro.

Miguel Pinto Luz e Hugo Espírito Santo têm colocado pressão na ANA para que as obras avancem rapidamente, reconhecendo a importância do projeto para melhorar a eficiência aeroportuária de Lisboa. O Governo demonstra empenho em cumprir as etapas necessárias para a expansão, ao mesmo tempo que mantém o foco na viabilização do novo aeroporto.

Estas intervenções representam o primeiro passo concreto numa estratégia mais ampla para atender à crescente procura no setor da aviação e melhorar significativamente a infraestrutura aeroportuária em Portugal.

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