Seis em cada 10 pessoas está preocupada que o seu salário não acompanhe a inflação

Dentro das dificuldades económicas que muitas empresas e trabalhadores enfrentam neste momento, algumas são maiores que outras e é importante reconhecê-las.

De acordo com o relatório do Grupo Adecco Global Workforce of the Future, há diferenças assinaláveis em profissionais administrativos e não administrativos e as tendências variam em função da idade e do estatuto laboral. Deste modo, existem 5 fatores essenciais a ter em conta sobre a força de trabalho neste momento.

Em primeiro lugar, sabe-se neste momento que seis em cada 10 pessoas estão preocupadas que o seu salário não acompanhe a inflação, sendo que os millenials os Gen Z estão mais preocupados.

Além disso, metade dos profissionais que não trabalham em regime de cash-in-hand estão a considerar assumir um segundo emprego para lidar com o aumento do custo de vida. Isto é mais comum entre os millenials.

Os inquiridos no estudo do Grupo Adecco admitem que a incerteza económica irá afetar a sua capacidade de encontrar um emprego no futuro. No entanto, poucos acreditam que perderão os seus empregos em resultado desta incerteza. De forma surpreendente, mais de 60% dos trabalhadores acreditam que a automação, inteligência artificial, digitalização e economia verde os forçarão a aprender novas competências, e tornarão as suas atuais competências menos relevantes.

Em segundo lugar, os profissionais têm o dobro da probabilidade de desistir se virem outros a partir. Neste momento, observa-se um fenómeno chamado “quit influenceré” em que os trabalhadores tomam medidas depois de verem os seus colegas desistir. Em comparação com os Baby Boomers, os Gen Z tem 2,5 vezes mais probabilidades de ser influenciados a desistir.

Também está a acontecer uma Grande Re-avaliação que continua a marcar o candidato no mercado de trabalho. O relatório revela que os trabalhadores estão em grande parte a perder oportunidades de formação, conversas de carreira e oportunidades internas.

As empresas estão a investir menos nos seus colaboradores que não estão em cargos de liderança. Apenas 36% dos não-gestores dizem que a sua empresa investe no desenvolvimento das suas competências, em comparação com 64% dos gestores. Esta enorme diferença explica por que é que os não-gestores, podem sentir-se pouco motivados.

Além disso, um quarto da força de trabalho nunca teve uma conversa sobre a sua carreira (23%). Os trabalhadores que têm conversas de carreira frequentes têm 10 vezes mais probabilidades de serem encorajados a candidatarem-se a ofertas de emprego internas do que os que não o fazem.

Existe também um Gap significativo de satisfação entre os profissionais administrativos  e não administrativos (52% vs. 65%) tendo em conta a necessidade de manter a saúde mental e o bem-estar.

Por último, cerca de metade de todos os profissionais que querem demitir-se nos próximos 12 meses citam o salário como a principal razão para sair.

No entanto, os salários não são o único fator que afeta as atitudes dos profissionais, entre aqueles que se sentem envolvidos nos seus empregos, o salário cai para o sexto lugar numa lista de prioridades. Apenas 25% dos empregados citam o seu salário como razão para permanecerem no seu posto de trabalho.

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