Rutte consegue ‘desbloquear’ apoio de Orbán e tem caminho livre para suceder a Stoltenberg na NATO

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou que, após um recente acordo com a NATO para não participar em atividades aliadas na Ucrânia, decidiu apoiar o neerlandês Mark Rutte como próximo secretário-geral da Aliança. O veto húngaro era um obstáculo significativo para a candidatura de Rutte, e o apoio de Orbán remove esta barreira.

Numa mensagem publicada na rede social X, Orbán partilhou uma foto com Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, e afirmou que, devido ao acordo alcançado sobre a Ucrânia, “a Hungria está disposta a apoiar a candidatura do primeiro-ministro Rutte à secretaria-geral da NATO.”

De acordo com a agência AP, Rutte garantiu por escrito que não forçaria a Hungria a participar nos novos planos da NATO para prestar apoio à Ucrânia. Estas garantias, contidas numa carta dirigida a Orbán, eliminaram o obstáculo crucial que impedia a candidatura de Rutte.

Na semana passada, durante conversações em Budapeste, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que deixará o cargo em outubro, alcançou um acordo com Orbán para assegurar que a Hungria não bloquearia os planos da NATO para a Ucrânia. Stoltenberg elogiou a candidatura de Rutte, afirmando que este é “um candidato muito forte, com muita experiência como primeiro-ministro. É um amigo próximo e colega.”

O mandato de Jens Stoltenberg termina a 1 de outubro, e os 32 Estados membros da NATO devem escolher o seu sucessor por consenso. Além de Rutte, o presidente romeno Klaus Iohannis também se candidatou ao cargo. Stoltenberg expressou confiança de que a Aliança tomará uma decisão em breve. “Com o anúncio de hoje do primeiro-ministro Orbán, acho que é óbvio que estamos muito perto de chegar a uma conclusão,” disse Stoltenberg numa conferência de imprensa ao lado de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

A decisão de Viktor Orbán de apoiar Mark Rutte como próximo secretário-geral da NATO, após garantir que a Hungria não será obrigada a participar em atividades militares na Ucrânia, remove um dos principais obstáculos à candidatura de Rutte. Com o mandato de Jens Stoltenberg a terminar em breve, a NATO está prestes a escolher o seu novo líder, e o apoio de Orbán pode ser um fator decisivo nesta escolha.

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