
Rússia avisa que enviar forças de paz europeias para a Ucrânia será uma “escalada” do conflito
A Rússia não vai permitir a entrada de soldados europeus em solo ucraniano, mesmo que seja uma missão de manutenção da paz: o plano foi categoricamente rejeitado pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Grushko.
Citado pela agência noticiosa estatal ‘TASS’, o responsável russo condenou o hipotético envio de tropas europeias – que teriam por objetivo garantir a segurança de Kiev em caso de nova agressão de Putin -, garantindo que isso significaria uma “escalada” do conflito.
Grushko também destacou que se a União Europeia quiser fazer parte das negociações entre a Rússia e os Estados Unidos para acabar com o conflito, deve parar de fornecer ajuda militar a Kiev. “Os países da UE continuam a exigir um lugar na mesa de negociações onde o conflito ucraniano deve ser discutido. Isso é surpreendente”, observou Grushko, salientando que a intenção da UE de “infligir uma derrota estratégica na Rússia” mina qualquer papel potencial para a UE e os países europeus nas próximas negociações sobre o conflito.
A sugestão do avanço de tropas europeias foi lançada durante a cimeira de líderes europeus convocada por Emmanuel Macron, em Paris, que terminou sem um plano concreto para responder às negociações de Trump com Putin e com claras divisões sobre a possibilidade: França e Reino Unido acolheriam a medida, ao passo que Alemanha, Espanha e Polónia avançaram a sua oposição.