Rússia acusa Bálticos de russofobia e fascismo, depois de os três países terem demolido monumentos da era soviética

O governo russo acusou esta terça-feira a Estónia, a Letónia e a Lituânia de estarem a seguir políticas xenófobas e de tratarem as suas minorias étnicas russófonas como “cidadãos de segunda”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que “o que está a acontecer nos Estados bálticos é, para nós, inaceitável e irá certamente afetar o estado das relações bilaterais com estes países, que estão já em total declínio”, cita a ‘Reuters’.

O Kremlin aponta também que as escolas, jardins de infância e órgãos de comunicação social em que se fale a língua russa estão a ser encerrados nos países bálticos, acusando os três governos de implementarem “abordagens russofóbicas” e de terem ativado “uma campanha sem precedentes, quase fascista, para remover barbaramente, em massa, memoriais aos soldados soviéticos libertadores”.

Na década de 1940, a Estónia, a Letónia e a Lituânia foram integradas por Moscovo na União Soviética, quando estavam sob o jugo das forças nazis da Alemanha de Adolf Hitler, tendo conquistado a independência em 1991, com o colapso do bloco soviético.

Contudo, desde que a Rússia deu início à sua guerra contra a Ucrânia, o trio báltico tem vindo a adotar uma postura ainda mais dura contra o regime liderado por Vladimir Putin, apelando a medidas mais agressivas para travar o avanço da máquina de guerra russa, para que não haja contágio a outros países.

As palavras austeras do Kremlin surgem depois de, no passado dia 25 de agosto, a Letónia ter demolido um monumento de 80 metros na capital Riga, que comemorava “Os Libertadores da Letónia Soviética e de Riga dos Invasores Alemães Fascistas”.

Outros monumentos da era soviética têm sido derrubados pelas autoridades letãs.

O parlamento da Letónia aprovou a demolição no passado mês de maio, apontando como razão a guerra contra a Ucrânia.

Dias antes, a 16 de agosto, a Estónia anunciou que ira começar a remover todos os monumentos relacionados com a presença soviética no país, um deles perto da fronteira com a Rússia.

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