Robert F. Kennedy Jr. deve desistir da corrida à Casa Branca esta sexta-feira: apoio a Trump pode valer-lhe cargo de diretor da CIA
Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente americano John F. Kennedy, poderá anunciar esta sexta-feira a sua saída da corrida à Casa Branca como independente num evento no Arizona: de acordo com os britânicos da ‘BBC’, Kennedy deverá desistir e apoiar o ex-presidente Donald Trump na disputa contra a candidata democrata, Kamala Harris.
Há conversas entre a equipa de Donald Trump e pessoas próximas a Kennedy para que o candidato apoie o ex-presidente e apareça no comício de Trump na área de Phoenix ainda esta sexta.
Segundo Nicole Shanahan, a sua escolha para a vice-presidência, o Partido Democrata tentou “sabotar” a campanha de Kennedy, salientando que unir força com Trump poderia ser uma das poucas opções viáveis para evitar uma possível presidência de Kamala Harris, considerada “um risco” para eles.
Robert F. Kennedy Jr., que tem enfrentado diversos desafios na sua campanha, especialmente a dificuldade em incluir o seu nome nos boletins eleitorais estaduais e a arrecadação de fundos, afirmou estar disposto a dialogar com os líderes de qualquer um dos partidos políticos para avançar com as suas propostas – recentemente, Donald Trump mostrou abertura para uma aliança com Kennedy, considerando-o “uma pessoa brilhante e muito inteligente”.
As always, I am willing to talk with leaders of any political party to further the goals I have served for 40 years in my career and in this campaign. These are: reversing the chronic disease epidemic, ending the war machine, cleaning corporate influence out of government and…
— Robert F. Kennedy Jr (@RobertKennedyJr) August 20, 2024
Uma eventual união entre Kennedy e Trump poderia ter consequências significativas para a política americana. Além de fortalecer a campanha republicana, Kennedy, cotado para o cargo de diretor da CIA numa eventual administração Trump, teria acesso a documentos sigilosos sobre os assassinatos do seu pai, o ex-procurador-geral dos Estados Unidos Robert F. Kennedy, e do seu tio, o ex-presidente John F. Kennedy, um tema que há décadas alimenta teorias da conspiração e intriga o público.
Isso adicionaria uma camada extra de complexidade a essa aliança, trazendo à tona questões não resolvidas do passado que poderiam influenciar o futuro político dos Estados Unidos.