Risco de bolha imobiliária acelera na Europa como não era visto há seis anos, alerta suíço UBS
O risco de bolhas imobiliárias acelerou em toda a Europa, com o fim da pandemia, e a injeção de estímulos promovidos pelo Banco Central Europeu e pelos programas governamentais de apoio à economia.
Com Frankfurt no topo da lista, as cidades europeias foram responsáveis por seis dos nove mercados imobiliários mais desequilibrados do mundo, de acordo com o Índice de Bolhas Imobiliárias Global do UBS Group AG, divulgado esta quarta-feira.
O risco de bolha também acelerou em Toronto, Hong Kong e Vancouver.
Embora todas as cidades pesquisadas pelo UBS, exceto quatro, tenham assistido a um aumento nos valores, o banco alertou que esses aumentos podem parar abruptamente na maioria dos mercados, à medida que as políticas de crédito começam a apertar com o fim da pandemia.
“Em média, o risco de bolha aumentou durante o ano passado, assim como a possibilidade de uma correção dos preços em muitas cidades analisadas”, escreve o banco suíço.
“O agravamento da acessibilidade, os empréstimos hipotecários insustentáveis e uma divergência crescente entre preços e arrendamentos têm servido historicamente como precursores de crises imobiliárias”, alerta o UBS.
Ao contrário da crise financeira global de 2008, as cidades norte-americanas estão fora da zona de perigo. Moscovo e Estocolmo registraram os maiores aumentos de risco, enquanto Tóquio e Sydney também subiram na classificação, à medida que seus mercados imobiliários prosperavam.
Em todas as cidades analisadas, o crescimento dos preços acelerou para 6% em termos ajustados pela inflação, entre meados de 2020 e meados de 2021, o maior aumento em sete anos.
À medida que as famílias tomam emprestado cada vez mais dinheiro para acompanhar os preços das casas, o crescimento das hipotecas pendentes e da relação entre dívida e renda também acelerou, especialmente no Canadá, Hong Kong e Austrália.