Riqueza global bate máximo histórico

Contrariando as expetativas menos otimistas do relatório da Boston Consulting Group feito no ano passado durante os primeiros impactos da pandemia da Boston Consulting Group (BCG), a riqueza global atingiu um máximo histórico, consolidando-se nos 250 biliões de dólares, em 2020, devido ao aumento da poupança das famílias e à resiliência dos mercados à pandemia.

Como parte desta tendência, os ativos tangíveis, liderados principalmente pelo património imobiliário, atingiram um máximo histórico de 235 biliões de dólares.

Entre as novas tendências, a BCG identifica dois mercados atrativos para os gestores de património. O primeiro consiste nos indivíduos com necessidades de investimento simples e um nível de riqueza entre 100 mil e 3 milhões de dólares, segmento que representa cerca de 331 milhões de indivíduos em todo o mundo que detêm 59 biliões de dólares disponíveis para investir.

No segundo grupo estão os reformados (acima dos 65 anos), um dos segmentos demográficos de mais rápido crescimento, que possuem 29,3 biliões de dólares em ativos financeiros prontos para investir e esse valor irá crescer 7% nos próximos cinco anos.

Em 2050, 1,5 mil milhões de pessoas a nível mundial chegarão à faixa etária dos maiores de 65, representando uma enorme fonte de riqueza. Outra categoria, a salientar pela sua rápida evolução no mercado, são os novos “Ultra” – o grupo de indivíduos cuja riqueza pessoal excede os 100 milhões de dólares.

Esta categoria tem registado um crescimento anual de 9%, desde 2015, e, atualmente, detém um total combinado de 22 biliões de dólares em riqueza disponível para investir, o que representa 15% do total mundial, num ranking liderado pelos EUA, seguidos muito de perto pela China.

O perfil deste segmento está a mudar e são agora pessoas entre os 20 e os 50 anos de idade, com horizontes de investimento mais longos, uma maior apetência pelo risco e muitas vezes um desejo de utilizar a sua riqueza para criar um impacto social positivo, para além de assegurar retornos sólidos.

Ler Mais