Restrições nos pontos de venda não vão diminuir consumo de tabaco, indica sondagem. Portugueses aprovam proibição de fumar em espaços livres

O consumo de tabaco não se vai reduzir com a intenção do Governo de restringir os locais de venda, indicou esta segunda-feira uma sondagem realizada pela Aximage para o ‘Jornal de Notícias’: 60% dos portugueses não acredita no efeito da medida, sendo que para 81% o caminho para uma geração livre de tabaco faz-se pela prevenção, não pela repressão.

O Governo tem como meta uma geração livre de tabaco em 2040, pretendendo alargar a proibição de fumar ao ar livre em espaços de acesso ao público ou de uso coletivo, assim como a sua venda em máquinas automáticas e na maior parte dos estabelecimentos em 2025.

Na sondagem, 74% dos que fumam diariamente sublinhou que a restrição não vai diminuir o consumo – 42% dos inquiridos nunca fumaram, 27% já fumaram e 20% fumam diariamente. Entre os que fumam, mais de metade (55%) compra em bombas de gasolina.

Para 26% dos participantes da sondagem, a medida mais eficaz para reduzir o número de fumadores é campanhas informativas destinadas aos jovens. Na lista de medidas, seguem-se a divulgação de informação sobre as doenças e riscos de saúde associados ao consumo de tabaco, escolhida por 25%; e o apoio médico célere a quem deseja deixar de fumar, com 22%.

A decisão de alargar a proibição de fumar a espaços livres merece a concordância de 57% dos inquiridos, sendo que entre os que consumem diariamente tabaco há 32% que discorda totalmente da medida. Em sentido inverso, 36% dos que nunca fumaram estão totalmente de acordo.

Por último, um terço dos inquiridos precisou que a nova lei como uma forma de diminuir o consumo – 45% dos que nunca fumaram assumiram – enquanto 19% consideram-na um atentado às liberdades individuais. Há 17% que entenderam ser um incentivo à venda em circuitos informais e 15% uma intromissão abusiva do Estado na esfera da vida privada.

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