Responsável da agência espacial russa ameaça três países da NATO com míssil hipersónico “Satan-2”

O ministro dos Negócio Estrageiros russo foi obrigado a cancelar a sua deslocação à Sérvia, depois de a Bulgária, a Macedónia do Norte e o Montenegro terem fechado os seus espaços aéreos à aviação russa.

Dmitry Rogozin, o responsável da Roscosmos, a agência espacial russa, insurgiu-se furiosamente contra a decisão dos três países membros da NATO, com uma publicação no Twitter que foi entendida como uma ameaça de uso do míssil hipersónico “Satan-2”, também conhecido como “Sarmat”.

“Sabem o que é bom acerca do Sarmat? É que o seu lançamento não precisa da autorização de búlgaros cobardes, de romenos vingativos nem de montenegrinos que traíram a nossa história comum”, escreveu Rogozin na rede social online. O responsável também apontou baterias aos suecos na mesma mensagem, numa altura em que a Suécia procura integrar-se na Aliança Atlântica.

De acordo com informações veiculadas pelo ‘Daily Mail’, o “Satan-2”, um míssil balístico intercontinental, deverá estar operacional no outono e ter um alcance de cerca de 18 mil quilómetros, o que traduz uma capacidade para atingir os Estados Unidos e a Europa a partir de solo russo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, deveria reunir-se esta segunda-feira com oficiais na cidade de Belgrado, capital da Sérvia, um dos poucos países da Europa que, apesar de ter publicamente condenado a atuação da Rússia sobre o país vizinho, não alinhou nas sanções lançadas pela União Europeia e tem mantido o apoio ao governo russo desde o início da guerra contra a Ucrânia, começada a 24 de fevereiro.

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