Rendibilidade das empresas portuguesas sobe para 6,5% no segundo trimestre. Indústrias lideram tabela

No segundo trimestre de 2021 a rendibilidade das empresas aumentou para 6,5% (5,6% no período anterior). A rendibilidade das empresas permanece em níveis inferiores aos do período pré-pandemia (no 4.º trimestre de 2019 a rendibilidade do ativo era 7,6%), segundo os dados publicados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Uma análise por setor de atividade económica das empresas privadas mostra que a rendibilidade do ativo (rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos das empresas (EBITDA) e o total de ativo) aumentou nas empresas dos setores das indústrias, comércio, transportes e armazenagem, outros serviços e sedes sociais; diminuiu nas empresas do setor da eletricidade e manteve-se no setor da construção.

A rendibilidade do setor das indústrias (10,7%) continuou a superar a maioria dos setores de atividade, enquanto a rendibilidade dos setores da construção (5,0%) e das sedes sociais (4,8%) mantiveram-se as mais baixas dos setores em análise.

Por classe de dimensão das empresas privadas (exclui sedes sociais), o aumento da rendibilidade foi maior nas grandes empresas do que nas PME (passou de 7,9% e 5,5% para 9,3% e 6,1%, respetivamente).

A rendibilidade das empresas públicas foi de -5,0%.

Autonomia financeira mantém-se 

A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no balanço, manteve-se em 40,0% no segundo trimestre de 2021.

A proporção dos ativos que são financiados por capitais alheios (uma medida complementar à autonomia financeira) desceu para 33,0% (33,2% no período anterior).

Uma análise por setor de atividade mostra que a autonomia financeira das empresas privadas aumentou nas empresas dos setores das indústrias, construção, comércio, transportes e armazenagem e sedes sociais e diminuiu nas empresas da eletricidade e dos outros serviços.

A autonomia financeira das sedes sociais (61,2%) foi a mais elevada dos setores em análise, enquanto a do setor dos transportes e da armazenagem (23,4%) apresentou os valores mais baixos.

Por classe de dimensão das empresas privadas (exclui sedes sociais), a autonomia financeira não se alterou nas PME (39,0%) e decresceu nas grandes empresas, de 37,6% para 37,1%.

A autonomia financeira das empresas públicas aumentou para 27,1% (20,7% no período anterior).

 

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