Próxima semana à lupa: Dos mercados à economia – e outras coisas que precisa de saber
Os mercados na próxima semana
Reuniões de Bancos Centrais e relatório do NFP em destaque
A próxima semana será marcada pelas reuniões de vários Bancos Centrais, começando pelo Banco da Austrália (terça-feira às 5h30) e acabando no Banco de Inglaterra (quinta-feira às 12h00).
Em ambas as situações, espera-se que os decisores políticos mantenham as taxas de juro inalteradas, no entanto, a atual política monetária poderá ser o principal foco para os analistas.
Depois do Banco do Canadá ter começado a reduzir o seu programa de compra de ativos (programa quantitative easing), esta iniciativa poderá contagiar os restantes Bancos Centrais, sendo que esta semana, a Reserva Federal (FED) voltou a reforçar que irá manter as taxas e a política monetária inalterada enquanto não existirem progressos significativos.
Para além das decisões dos Bancos Centrais, durante a próxima semana também serão divulgados vários indicadores económicos sobre várias economias:
Segunda-feira
- PMI industrial nos EUA
Terça-feira
- Variação no emprego na Nova Zelândia
- Taxa de desemprego na Nova Zelândia
Quarta-feira
- Relatório ADP nos EUA
- Inventários de petróleo nos EUA
Estes dados poderão provocar períodos de maior volatilidade no mercado e são indicadores chave para se perceber a evolução da atividade económica à medida que as economias continuam a aliviar as restrições provocadas pelas fortes medidas de confinamento.
Por último, mas não menos importante, na sexta-feira será divulgado o relatório sobre a criação de emprego privado não-agrícola (NFP). Este é um dos indicadores mais acompanhando entre os investidores de retalho e os analistas.
O mercado laboral nos EUA tem vindo a recuperar de forma gradual e os dados do NFP poderão dar novos perspetivas para o mercado. Deve-se notar que a inflação nos EUA tem vindo a recuperar a um ritmo elevado, mas o mercado laboral não tem conseguido ter a mesma evolução e, portanto, estes dados poderão dar novas pistas para os investidores perceberem melhor a evolução da economia norte-americana.
Henrique Tomé, analista XTB