Próxima semana à lupa: Dos mercados à economia – e outras coisas que precisa de saber

Os mercados acionistas americanos tiveram uma semana mais curta devido ao feriado devido ao feriado do dia da Independência, e foram impulsionados por dados de emprego melhores do que o esperado, otimismo em relação aos acordos comerciais e a aprovação pela Câmara dos Representantes do projeto de lei tributária do presidente Donald Trump, que agora segue para a mesa do presidente para assinatura.

• Estes foram os principais destaques da semana:
• Nos EUA, o índice de gestores de compras (PMI) do setor industrial do Institute for Supply Management (ISM) subiu de 48,5 em maio para 49 em junho
• A procura de vagas de emprego e rotatividade de mão de obra (JOLTS) registou um aumento de 000 vagas em maio, para 7.769.000, o maior número desde novembro de 2024
• O relatório de emprego da ADP mostrou que os empregadores privados eliminaram 33.000 postos de trabalho em junho, bem abaixo da expectativa consensual de 000, marcando o primeiro resultado negativo desde março de 2023
• Os empregos não agrícolas (NFP) em junho aumentaram em 000, contra os

110.000 esperados. A taxa de desemprego caiu de 4,2% para 4,1%, bem abaixo da previsão de 4,3%

• Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA caíram de 000 para

233.000 na semana passada

• Ainda nos EUA, o PMI de serviços ISM subiu de 49,9 para 50,8 em junho
• Na Zona Euro, a inflação subjacente em junho manteve-se nox 2,3%, enquanto a taxa global subiu de 1,9% para 2%.
• Na China, o PMI de manufatura do Departamento Nacional de Estatísticas para junho subiu de 49,5 para 49,7.
• O PMI de manufatura Caixin para junho subiu de 48,3 para 50,4.
• No Japão, o índice Tankan das grandes empresas de manufatura no segundo trimestre subiu de 12 para 13
• Na Austrália, as vendas a retalho em maio subiram 0,2% em relação ao mês anterior, uma recuperação pouco impressionante em relação ao resultado estável do mês passado e abaixo das expectativas consensuais de 0,5%

Destaques da semana que vem

·         Decisão sobre a taxa de juros do RBA

Terça-feira, 8 de julho, às 05h30 GMT+1

Na sua última reunião em maio, o RBA reduziu a taxa oficial de juros em 25 pontos base (pb), para 3,85%. A redução da taxa era amplamente esperada depois do relatório de inflação do primeiro trimestre de 2025 mostrou que tanto a inflação média ajustada quanto a inflação geral caíram para dentro do range alvo do banco, de 2% a 3%.

O corte da taxa pelo RBA foi acompanhado por comentários dovish, destacando que o RBA estava cauteloso quanto às perspetivas. Ao mesmo tempo, o RBA reviu em baixa as suas previsões de inflação e crescimento e reviu em alta a sua previsão para a taxa de desemprego.

Desde então, os argumentos a favor de uma maior flexibilização da política monetária reforçaram-se. Isto inclui um relatório moderado do IPC de maio, em que o indicador do IPC global diminuiu de 2,4% em abril para 2,1% em termos homólogos. A inflação subjacente caiu de 2,8% em maio para 2,4% em termos homólogos, registando a taxa mais baixa desde novembro de 2021.

Estes fatores, combinados com as preocupações contínuas em torno das tarifas e do comércio, neutralizaram quaisquer preocupações que o RBA pudesse ter sobre um mercado de trabalho restrito. Como resultado, esperamos que o RBA reduza a taxa em 25 pontos base nas suas reuniões de julho, agosto e dezembro, trazendo a taxa de volta para 3,1% até o final do ano.

·         Decisão sobre a taxa de juros do RBNZ

Quarta-feira, 9 de julho, às 03h00 GMT+1

Na sua última reunião em maio, o RBNZ reduziu a taxa em 25 pb para 3,25%, com uma votação de 5 a 1 a favor da redução e contra a manutenção. Foi o sexto corte consecutivo do RBNZ, elevando o total da flexibilização para 225 pb.

Reconhecendo dos riscos de desaceleração do crescimento decorrentes das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump e com a inflação de volta à meta, o RBNZ reduziu a sua trajetória para a taxa em 25 pontos-base, de 3,1% para 2,85%. Isso indica que o RBNZ antecipa a necessidade de mais dois cortes nas taxas, levando a taxa de juros para 2,75% no início do próximo ano.

A votação de 5 a 1 e a remoção da orientação explícita de que havia «margem para reduzir ainda mais a OCR» foram interpretadas pelos mercados como um sinal de que o RBNZ provavelmente faria uma pausa no seu ciclo de flexibilização em julho. Essa visão foi apoiada por um relatório do PIB do primeiro trimestre de 2025 melhor do que o esperado e por um aumento na confiança das empresas.

Esperamos que o RBNZ mantenha as taxas inalteradas na próxima semana, antes de um corte de 25 pontos base em outubro e outro em fevereiro, o que elevaria a taxa terminal para 2,75%.

·         Decisão sobre a taxa de juros do RBNZ

Quarta-feira, 9 de julho, às 19h00 GMT+1

Na sua última reunião, em meados de junho, a Reserva Federal (Fed) manteve a taxa de juro inalterada no intervalo dos 4,25% – 4,50%, como amplamente esperado. A decisão foi unânime, refletindo uma abordagem cautelosa de “esperar para ver” devido às incertezas económicas, particularmente em torno das tarifas comerciais e seu potencial impacto inflacionário.

O presidente da Fed, Jerome Powell, enfatizou a necessidade de mais dados antes de ajustar a política, observando as condições sólidas do mercado de trabalho e a inflação ligeiramente elevada. O gráfico de pontos do Fed mostra que os membros ainda antecipam dois cortes de 25 pontos base em 2025, provavelmente a partir de setembro.

O relatório NFP desta semana, mais forte do que o esperado, que mostrou que a economia dos EUA criou 147 000 empregos em junho, contra os 110 000 esperados, juntamente com uma queda surpreendente na taxa de desemprego de 4,2% para 4,1%, apoia a ideia de que a Fed pode se dar ao luxo de permanecer em modo de “esperar para ver” até a reunião do FOMC em setembro.

As minutas da última reunião do FOMC serão analisadas de perto para discutir o que poderia levar a um corte antecipado das taxas pela Fed ou o que poderia levá-la a adiar os cortes até os últimos meses deste ano.

Analistas da XTB