
Programa secreto da CIA admitia ter descoberto civilização extraterrestre no lado oculto da Lua
À medida que os Estados Unidos se preparam para regressar à Lua com novas missões tripuladas, reacendeu-se o interesse por um antigo documento ligado a um alegado programa secreto da CIA, onde é sugerido que vida extraterrestre foi detetada no lado oculto do satélite natural da Terra há mais de 25 anos.
As alegações partem de Ingo Swann, um dos nomes centrais do “Project Stargate”, um programa da CIA lançado durante a Guerra Fria que procurava utilizar capacidades psíquicas — mais precisamente a “visualização remota” — para recolher informações sobre alvos ou locais distantes. Em 1998, Swann publicou o livro Penetration: The Question of Extraterrestrial and Human Telepathy, onde detalha uma alegada missão que o teria levado, de forma psíquica, ao lado oculto da Lua.
“Recebi um telefonema em fevereiro de 1975 de agentes da inteligência em Washington D.C., pedindo-me ajuda para um projeto ultra-secreto”, escreveu Swann.
Segundo o autor, após esse contacto, foi transportado com os olhos vendados de helicóptero até a uma base subterrânea, onde se encontrou com um enigmático agente conhecido apenas como “Sr. Axelrod”. A instrução foi clara: “Queremos que vá à Lua por nós e nos diga o que vê.”
Descobertas fora do comum
Durante a sua alegada experiência de visualização remota, Swann afirmou ter testemunhado uma vasta infraestrutura artificial no lado oculto da Lua, incluindo torres gigantes — uma das quais “com a dimensão do edifício das Nações Unidas em Nova Iorque” —, máquinas de grande porte, pontes, estruturas estranhas, domos de vários tamanhos e “luzes de cores diferentes”.
Mais surpreendente foi a sua descrição de seres humanóides — que “pareciam exatamente connosco” — envolvidos numa operação de escavação ou mineração nos crateras lunares. Segundo Swann, os seres estavam despidos, pareciam todos masculinos e, num momento perturbador, dois deles terão detetado a sua presença, apesar da natureza não-física da observação:
“Dois deles apontaram na minha direção. Como é que podiam fazer isso… a não ser que também tenham perceções psíquicas muito elevadas?”, questionou o psíquico.
A sessão de visualização remota terá sido imediatamente interrompida por Axelrod após esse momento. Mais tarde, Swann afirmou ter confrontado os seus interlocutores sobre a razão pela qual os Estados Unidos nunca mais regressaram à Lua desde a missão Apollo 17, em 1972. De acordo com o que escreveu, a resposta implícita foi inquietante: “Eles disseram-vos para se manterem afastados. Por isso estão a recorrer a perceções psíquicas. Eles não são amigáveis, pois não?”, terá perguntado Swann. A resposta de Axelrod foi ambígua: “Está aproximadamente certo… mas não completamente.”
Programa secreto, impacto limitado
Swann, que faleceu em 2013, manteve sempre que esta experiência extraordinária não fazia parte do trabalho habitual no Project Stargate, apesar de ter sido conduzida sob supervisão governamental. O Project Stargate, entretanto desclassificado, é hoje conhecido por ter sido um esforço conjunto da CIA e do Exército dos EUA para explorar a utilidade de capacidades psíquicas em operações de informação e vigilância.
Apesar das alegações detalhadas de Swann, nenhum dos programas espaciais internacionais — dos EUA, Rússia, China, Japão ou Índia — jamais encontrou indícios tangíveis de bases lunares ou vida extraterrestre no satélite. A ciência convencional continua a considerar estas alegações como altamente especulativas e sem qualquer confirmação empírica.
Contexto atual: regresso à Lua e corrida espacial
A revelação volta a ganhar notoriedade num momento em que a NASA, sob diretrizes da Casa Branca, prepara novas missões lunares tripuladas, numa aposta renovada na exploração espacial com participação humana. O plano passa por reforçar o investimento nesse domínio, mesmo com cortes significativos noutras áreas, como operações na Estação Espacial Internacional ou a missão de regresso de amostras de Marte (MSR).
A proposta do governo norte-americano — à data liderado por Donald Trump — inclui a canalização de mais de mil milhões de dólares para missões tripuladas, com a meta de “garantir que os esforços de exploração espacial humana dos EUA permaneçam incomparáveis, inovadores e eficientes”.
O documento da Casa Branca coloca ainda ênfase na necessidade de “superar a China” na nova corrida ao espaço, tanto no regresso à Lua como na chegada ao planeta Marte — este último, objetivo declarado da empresa SpaceX, liderada por Elon Musk.
Enquanto isso, no Congresso norte-americano prosseguem as audiências públicas sobre a potencial existência de vida extraterrestre, tanto fora como dentro do planeta Terra. As declarações e memórias de antigos participantes em programas secretos como Swann continuam a alimentar o debate — ainda que sem base científica — sobre o que realmente se poderá esconder no espaço profundo e até no nosso vizinho mais próximo.