Presidentes sul-americanos reúnem-se hoje com Lula no Brasil para reativar integração e apostar na convergência
Depois de uma ‘pausa’ nas atividades da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), instância criada durante o anterior mandato de Lula da Silva como Presidente do Brasil, e que reúne os líderes sul-americanos, com o objetivo de integração e convergência para atingir as metas comuns definidas, hoje o grupo volta a reunir-se. Com exceção da Presidente do Peru, Dina Bolauarte, está confirmada a presença dos outros 10 Presidente dos países da América do Sul esta terça-feira, em Brasília.
Os Chefes de Estado reunirão com o homólogo brasileiro, Lula da Silva, reeleito no final do ano passo, e que assumiu novo mandato à frente dos destinos do Brasil no início de 2023.
Esta é a primeira reunião de alto-nível dos líderes sul-americanos em quase 10 anos, e marca a primeira vez que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai voltar a viajar para o Brasil, depois de ter sido impedido de o fazer pelo antecessor de Lula da Silva, Jair Bolsonaro.
Desconhece-se, para já, se estão previstos encontros bilaterais entres Lula e Maduro, ou com qualquer um dos outros líderes que marcarão presença na reunião da Unasul.
O principal palco do evento será o Palácio do Itamaraty. O líderes serão recebidos, um a uma, por Lula da Silva, seguindo.se duas sessões, com discursos individuais, e depois um debate informal- Depois, todos os participantes terão um jantar na residência oficial de Lula da Silva.
Todas as reuniões, segundo a AFP, decorrerão à porta fechada, e não se sabe se haverá declarações dos líderes sul-africanos no sul do encontro.
A ideia é que o encontre funcione como um ‘retiro’, de forma a que os Chefes de estado possam discutir sinceramente e com as menores barreiras possíveis os problemas comuns, num formato “despojado”, segundo adianta o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Já de acordo com a secretária brasileira para América Latina e Caribe, Gisela Maria Figueiredo, o encontro terá três objetivos: retomar o diálogo para procurar “uma visão comum” entre os vários países sul-americanos, definir uma agenda de cooperação e convergência em áreas como a saúde, as infraestruturas, a energia, o ambiente e o combate ao crime organizado, bem como encontrar um novo mecanismo de integração sul-americana.