Preços dos metais disparam. Construção civil portuguesa abranda

A montanha russa das matérias-primas promete ainda dar mais algumas voltas.  O zinco subiu 6,9% na London Metal Exchange, enquanto a bitola, um dos seis metais industriais fechou em máximos de sempre.

Hoje, o preço do Zinco subiu 3,2% para 3.506,50 dólares por tonelada na London Metal Exchange, a partir das 14h34 de Lisboa. Em Xangai, os preços subiram 7,1%, o seu limite diário, para 25.700 yuan por tonelada.

O alumínio, uma das mercadorias com maior intensidade energética, está no valor mais alto desde 2008.

O cobre aproximou-se da marca dos 10 mil dólares por ‘tonelada’, e os spreads apontam para um mercado sufocado. A venda à vista de cobre está a ser negociada com o maior prémio sobre futuros em quase uma década, à medida que a procura supera a oferta.

O cobre subiu 3,6% para 9.994,50 dólares por tonelada em Londres. Nos mercados de metais ferrosos, os futuros do minério de ferro recuperaram depois de terem deslizado nos últimos dois dias.
Os cortes no fornecimento de metais estão a espalhar-se da China para a Europa, à medida que a escassez de energia aumenta os custos da eletricidade e do gás natural, ameaçando uma maior pressão inflacionária, devido ao aumento dos preços das matérias-primas.
Na quarta-feira, a Nyrstar, um dos maiores produtores de zinco do mundo, anunciou que vai reduzir a produção até 50% devido ao aumento dos preços da energia e dos custos associados às emissões de carbono.
O preço do Zinco subiu 3,2% para 3.506,50 dólares por tonelada na London Metal Exchange, a partir das 14h34 de Lisboa. Em Xangai, os preços subiram 7,1%, o seu limite diário, para 25.700 yuan por tonelada (3441,23 euros, por tonelada, à taxa de câmbio desta quinta-feira).

Esta “montanha russa” está a afetar sobretudo o setor da construção civil, um pouco por todo o mundo.  Em Portugal, as construtoras estão a recorrer ao regime da “resolução ou modificação do contrato por alteração das circunstâncias” quer para obras contratas com o Estado, e portanto recorrendo ao Código dos Contratos Públicos, quer nas empreitadas acordadas com particulares, através do Código Civil. Tanto num caso como noutro, o setor queixa-se da “subida abrupta das matérias” e da necessidade da flexibilidade de mão de obra, avança o jornal Público. Esta situação pode afetar a nova onda de obras, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Esta situação já teve reflexo no Índice de Produção na Construção – anotado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cresceu 2,6% em agosto, em termos homólogos, desacelerando 1,6 pontos percentuais (p.p.) face ao observado no mês anterior.

Por segmentos, a Construção de Edifícios subiu 0,1% (1,2% em julho) e a Engenharia Civil desacelerou 2,5 p.p., para 6,5%.

Quanto aos índices de emprego e de remunerações, em agosto, registaram variações homólogas de, respetivamente, 1,6% e 5,8% (variações de 2,0% e 5,6% no mês anterior).

De acordo com o INE, os mesmos índices caíram 0,2% e 11,3%, respetivamente (0,2% e -11,5% em agosto 2020), em relação a julho, seguindo a tendência da Zona Euro no último mês.

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