Pós-Brexit: Futuro da Vauxhall e da Opel no Reino Unido ainda está a ser avaliado
O grupo Stellantis, proprietário das fábricas de automóveis Vauxhall e Opel no Reino Unido, vai decidir nas próximas semanas sobre o futuro destas fábricas depois de congelar os investimentos que ficaram bloqueados durante meses, devido às incertezas relacionadas com o Brexit.
O fabricante de automóveis recentemente formado a partir da fusão do Grupo PSA e da Fiat Chrysler é encorajado pelo acordo comercial alcançado no final de 2020 com a União Europeia (UE), disse à Bloomberg o diretor executivo, Carlos Tavares. O acordo poupa os veículos às tarifas, desde que os fabricantes obtenham peças suficientes do Reino Unido ou da UE.
Carlos Tavares falou a propósito da estreia da Stellantis no mercado norte-americano, após a cotação de ações em Milão e Paris, na segunda-feira. As ações subiram até 13% para 17,21 dólares na terça-feira em Nova Iorque.
Ainda não é claro se o negócio assegura a viabilidade a longo prazo das instalações da Stellantis em Ellesmere Port e Luton, Inglaterra, que fazem automóveis compactos e carrinhas comerciais da marca Vauxhall e Opel.
A empresa está em vias de avaliar se faz sentido investir no Reino Unido ou na Europa continental com base nos custos e na burocracia, que complicam o fornecimento de peças às suas fábricas de montagem, disse ainda Tavares.
A Stellantis e os seus rivais automóveis estão a correr para eletrificar as linhas de produção a fim de cumprirem normas mais rigorosas em matéria de emissões e proibições totais de motores de combustão interna por parte de alguns governos, incluindo o Reino Unido.
O grupo comercial da indústria automóvel do país disse, no início deste mês, que a localização de uma cadeia de fornecimento de baterias será fundamental para salvaguardar o futuro do fabrico de veículos britânicos.