Petróleo volta a cair pelo quarto dia e arrisca a maior quebra desde março
O petróleo caiu pelo quarto dia, arriscando-se a registar a maior série de perdas desde março.
Os futuros sobre o West Texas Intermediate caíram 0,5% após perderem quase 3% nas últimas três sessões. Este resultado surge pouco tempo depois do consumo de gasolina nos EUA ter sofrido mais uma quebra, pela terceira semana consecutiva, segundo os dados da Bloomberg, e de Pequim ter revelado que a economia chinesa abrandou no mês de junho.
“A batalha contra a variante Delta (da covid-19) está a refletir-se nos dados económicos”, referiu Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, em entrevista à agência norte-americana.
O petróleo Brent sofreu uma queda de 42 cêntimos de dólar, ou 0,8%, para os 70,01 dólares (59,41 euros), o barril, às 9h43 de Lisboa. No mercado norte-americano, o petróleo registou uma quebra de 0,46 cêntimos de dólar (0,9%), para os 67,80 dólares (56,91 euros), o barril, por volta das 10h22 da capital portuguesa.
Na passada sexta-feira, os futuros e opções sobre o petróleo no mercado norte-americano também caíram, de acordo com a Comissão para o Comércio dos Futuros sobre Commodities dos EUA (CFTC).
Na China, a refinação de petróleo acompanhou a tendência negativa da produção industrial e da venda do comércio, que devido a uma vaga de novos casos de covid-19, que motivou a imposição de novas restrições, levou a que o processamento de petróleo bruto atingisse um novo mínimo diário, como não era visto desde maio desde 2020, um resultado preocupante, já que Pequim é, segundo os dados da Reuters Markets, o maior importador de petróleo do mundo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo estabeleceu a meta de 400.000 barris por dia, para este mês. A OPEP+, que inclui a Rússia, estarão a demonstrar resistência ao pedido feito pelos Estados Unidos para um aumento da produção de petróleo.
No comunicado publicado no sitie da Casa Branca Jake Sullivan, lembrou que ” os preços mais altos dos combustíveis, se não forem controlados, podem prejudicar a recuperação global em curso. O preço do petróleo tem estado mais alto do que estava no final de 2019, antes da pandemia”.
“Estamos em conversações com membros da OPEP+ sobre importância da competitividade dos mercados na definição de preços”, garantiu o conselheiro.