Petróleo em queda. Refinação na China bate no “fundo do poço” como há 14 meses
Os preços do petróleo caíram cerca de 1% , esta segunda-feira, pela terceira sessão consecutiva. Esta descida acontece pouco tempo depois de os dados de Pequim apresentarem um abrandamento da economia chinesa, no último trimestre.
O petróleo Brent sofreu uma queda de 42 cêntimos de dólar, ou 0,8%, para os 70,01 dólares (59,41 euros), o barril, às 9h43 de Lisboa. No mercado norte-americano, o petróleo registou uma quebra de 0,46 cêntimos de dólar (0,9%), para os 67,80 dólares (56,91 euros), o barril, por volta das 10h22 da capital portuguesa.
Na passada sexta-feira, os futuros e opções sobre o petróleo no mercado norte-americano também caíram, de acordo com a Comissão para o Comércio dos Futuros sobre Commodities dos EUA (CFTC).
Na China, a refinação de petróleo acompanhou a tendência negativa da produção industrial e da venda do comércio, que devido a uma vaga de novos casos de covid-19, que motivou a imposição de novas restrições, levou a que o processamento de petróleo bruto atingisse um novo mínimo diário, como não era visto desde maio desde 2020, um resultado preocupante, já que Pequim é, segundo os dados da Reuters Markets, o maior importador de petróleo do mundo.
Este resultado levou, inclusive, o Australia and New Zealand Banking Group, conhecido pelas suas estimativas económicas para o mercado asiático, a reduzir a previsão da taxa de crescimento do PIB chinês para 2021, de 8,8% para 8,3%. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 7,9% no último trimestre.
Também o Commerzbank manifestou preocupação face a estes resultados: “A variante Delta e os seus efeitos sobre a procura do petróleo estão a influenciar altamente os preços deste material”, pode ler-se na nota enviada às redações.
Na semana passada, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que a procura por petróleo bruto recuou em julho, esperando-se que o aumento da mesma, até ao final do ano, seja mais lenta do que no primeiro trimestre de 2021.