
Petroleiro da ‘frota fantasma’ de Putin é alvo de duas explosões na costa italiana
Um petroleiro com bandeira de Malta que transportava petróleo russo para a Europa foi atingido por duas explosões quando estava atracado no porto de Savona, no noroeste de Itália, na semana passada, indicou esta terça-feira a revista ‘Newsweek’.
Apesar das sanções, o navio ‘Seajewel’ faz parte da chamada ‘frota fantasma’ do presidente Vladimir Putin, informou a publicação ucraniana ‘Ukrainska Pravda’.
Another Russian Tanker suffered an explosion whilst exporting illegal oil to Europe 🚨 🔥
Two explosions occurred on an oil tanker SEAJEWEL in Savona, Italy, with damage below the waterline. The vessel was reported to have repeatedly transported Russian oil to Europe despite… pic.twitter.com/3ff2BPXUxP
— Martin Kelly (@_MartinKelly_) February 18, 2025
O petroleiro sofreu uma série de explosões enquanto descarregava petróleo nas primeiras horas da manhã do passado sábado, abrindo um buraco no seu casco, de acordo com os italianos do ‘IVG’. “Felizmente, as lonas da câmara de segurança resistiram, evitando a fuga de óleo no mar e evitando um desastre ambiental”, relatou a publicação, destacando que as autoridades italianas disseram que o navio não corre risco de afundar.
Os membros da tripulação relataram ter ouvido dois estrondos altos, após os quais descobrirem que as placas do casco estavam dobradas para dentro: os investigadores exploram diversos cenários sobre o que pode ter causado as explosões, incluindo a possibilidade de um ataque terrorista.
O incidente do ‘Seajewel’ acontece poucos dias depois de outro petroleiro, o ‘Koala’, ter sido atingido por uma explosão quando estava atracado em Ust-Luga, um porto no noroeste da Rússia, perto da cidade natal de Putin, São Petersburgo. O navio, com bandeira de Antígua e Barbuda e supostamente ligado à chamada ‘frota sombra’ da Rússia, sofreu uma explosão na sala de máquinas, o que levou a uma evacuação de emergência da tripulação.
A ‘frota sombra’ da Rússia opera no Mar Báltico e consiste em embarcações antigas que frequentemente operam sob propriedade opaca e não têm seguro adequado, que frequentemente mudam os seus registos de bandeira – estima-se que respondam por cerca de 17% dos petroleiros globalmente.
Em janeiro último, Washington anunciou novas sanções contra “um número sem precedentes de navios transportadores de petróleo”, muitos dos quais fazem parte da frota paralela.