Perante ameaça da Rússia e “incerteza crescente”: Ministros da Defesa do Norte da Europa juntam-se hoje para discutir cooperação no âmbito da NATO

Os ministros da Defesa dos países nórdicos reúnem-se esta quinta-feira, em Helsínquia, num encontro organizado pela Finlândia, que este ano assume a presidência do Nordic Defence Cooperation (NORDEFCO), a estrutura de cooperação militar entre os países da região. Este será o segundo encontro do ano no âmbito da presidência finlandesa.

De acordo com o Ministério da Defesa da Finlândia, o encontro terá como principais temas de discussão a cooperação no âmbito da defesa entre os países nórdicos, o investimento na NATO e o apoio contínuo à Ucrânia na sua defesa contra a invasão russa.

O ministro da Defesa finlandês, Antti Häkkänen, sublinhou a importância crescente da cooperação entre os países da região face ao atual cenário de instabilidade.

“Devemos preparar-nos para uma incerteza crescente a nível global e para mudanças na situação de segurança na Europa. A importância da Cooperação de Defesa Nórdica está a crescer. Vamos reforçar a defesa e a segurança de abastecimento nos países nórdicos e aprofundar a nossa cooperação para fortalecer a NATO e a União Europeia. Juntos, planearemos como continuar a apoiar a Ucrânia”, afirmou Häkkänen num comunicado divulgado na quarta-feira.

Desde que aderiu à NATO, em abril de 2023, a Finlândia tem desempenhado um papel ativo no fortalecimento da defesa coletiva da aliança, bem como na cooperação militar entre os países nórdicos. A reunião desta quinta-feira acontece num momento em que os membros da NORDEFCO – Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia – procuram aprofundar a sua colaboração em matéria de defesa, não apenas dentro do grupo, mas também no contexto mais amplo da NATO e da União Europeia.

O encontro de Helsínquia insere-se num esforço conjunto para consolidar estratégias que garantam a estabilidade e a segurança da região, ao mesmo tempo que reforçam o apoio militar e logístico à Ucrânia, que enfrenta quase dois anos de conflito com a Rússia.