Pequim pondera proibir empresas tecnológicas chinesas de lançarem Ofertas Públicas nos EUA

As empresas tecnológicas que tenham em mãos uma abundância de dados da esfera privada dos clientes estão na mira de Pequim.

O regime de Xi Jinping quer limitar ao máximo, senão mesmo proibir, as Ofertas Públicas nos EUA, por parte desta entidades, através de ADR (sigla anglo-saxónica para American Depositary Receipt), revela o Wall Street Journal (WSJ), citando fontes próximas do assunto.

Ao que tudo indica, estas regras podem mesmo entrar em vigor no último trimestre deste ano. No início desta semana, o regulador chinês para a segurança informática estabeleceu duas linhas de regulação, para este setor: “uma legislação geral para empresas tecnológicas e um quadro legal mais apertado para organizações “detentoras de informações da esfera privada do cidadão”, como noticiou na altura o ‘South China Morning Post’.

No último trimestre, o Invesco Golden Dragon China ETF (PGJ), um índice que acompanha as ações chinesas listadas nos EUA, através de ADR, já sofreu uma perda de 26%, devido à pressão regulatória.

“A curto prazo, o futuro dos emissores chineses de ADR é obscuro. Este fogo cruzado entre Washington e Pequim está a prejudicar os investidores”.

Na primeira semana de julho, Pequim anunciou que iria reforçar a supervisão de empresas titulares de ADR. Esta medida pode afetar um mercado avaliado em 2,1 biliões de dólares (1,78 biliões de euros).

Para Yi Huiman, presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, esta medida é “um novo ponto de partida para a modernização do sistema [do país] para a governança do mercado de capitais”.

Para vários especialistas do mercado financeiro asiático, contactados pelo Financial Times, este pode ser o fim da listagem de empresas chinesas nas bolsas dos EUA. “Depois deste anúncio é completamente previsível que Pequim anuncie o fim das listagens nos Estados Unidos”, comentou Fraser Howie, analista independente do sistema financeiro chinês, em declarações ao diário económico.

Atualmente, há cerca de 250 empresas chinesas listadas em Nova Iorque, cuja a capitalização de mercado combinada é de 2,1 biliões de dólares (1,78 biliões de euros( segundo as contas da Comissão de Revisão Económica e de Segurança para a relação EUA-China.

 

 

 

 

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